NATUREZA

Centenas de réplicas estremecem o norte das Filipinas após terremoto

O forte tremor derrubou prédios, provocou deslizamentos de terra e sacudiu torres a centenas de quilômetros de distância na capital Manila

Agência France-Presse
postado em 28/07/2022 08:56 / atualizado em 28/07/2022 09:02
 (crédito:  STR / AFP)
(crédito: STR / AFP)

Manila, Filipinas- Moradores ansiosos dormiram foram de suas casas na madrugada desta quinta-feira (28/7), depois que centenas de réplicas abalaram o norte das Filipinas um dia após um forte terremoto.

Ao menos seis pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas pelo terremoto de 7,0 de magnitude de quarta-feira com epicentro na província de Abra.

O forte tremor derrubou prédios, provocou deslizamentos e sacudiu edifícios a centenas de quilômetros, na capital Manila.

"Desde ontem temos sentindo tremores a cada 20, 15 minutos", comentou Reggi Tolentino, dono de um restaurante na capital provincial de Bangued.

"Muitos dormiram foram à noite, quase todas as famílias", acrescentou.

Centenas de edifícios foram danificados ou destruídos, estradas foram bloqueadas por deslizamentos de terra e as províncias mais afetadas ficaram sem energia.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr, chegou à província nesta quinta-feira para avaliar os danos, de acordo com uma transmissão ao vivo da televisão do palácio presidencial.

O presidente se reuniu com representantes locais e pediu aos moradores que não voltem para suas casas antes de a situação estar controlada.

Após o terremoto, mais de 800 tremores secundários foram registrados, incluindo 24 fortes o suficiente para serem perceptíveis, disse a agência meteorológica local.

Os tremores secundários continuarão ocorrendo por "várias semanas", anunciou Renato Solidum, diretor do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia, durante entrevista coletiva com o presidente.

Serão "muitos" nos primeiros três dias, e depois "espero que diminuam", disse ele.

- Impacto no turismo -


Em Abra, onde o terremoto foi mais forte, as autoridades declararam estado de calamidade, o que permite ao governo mobilizar fundos para cobrir as necessidades.

Mas o dano geral foi "mínimo", disse à AFP o chefe de polícia, Maly Cula.

"Não temos muitas pessoas nos locais de evacuação, embora muitas tenham dormido nas ruas por causa dos tremores secundários", disse Cula.

Na histórica cidade de Vigan, Patrimônio Mundial da UNESCO, estruturas centenárias construídas durante a colônia espanhola foram danificadas.

O governador Jeremias Singson disse à rede Teleradio que 460 edifícios na província foram afetados.

"Nossa indústria do turismo é pequena e os empresários foram duramente atingidos", lamentou Singson.

As Filipinas são frequentemente atingidas por terremotos devido à sua localização no "Anel de Fogo" do Pacífico, um arco de alta atividade sísmica que vai do Japão à Orla do Pacífico, atravessando o Sudeste Asiático.

O terremoto de quarta-feira foi um dos mais fortes dos últimos anos nas Filipinas e foi sentido em toda a ilha de Luzon, a mais populosa do arquipélago.

Em outubro de 2013, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a ilha de Bohol, no centro das Filipinas, matando mais de 200 pessoas.

Igrejas antigas no berço do catolicismo filipino foram seriamente danificadas e quase 400.000 pessoas ficaram desabrigadas.

Em 1990, outro terremoto de magnitude 7,8 no norte das Filipinas matou mais de 1.200 pessoas e danificou edifícios em Manila.

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