Confronto

Confrontos no Peru terminam com dois militares mortos e líder do Sendero Luminoso ferido

Um comunicado das autoridades informa que desde quinta-feira passada, militares e a polícia peruana "iniciaram uma ação ofensiva contra os terroristas do Sendero Luminoso (SL) na região de Vizcatán

Agence France-Presse
postado em 13/08/2022 14:47
 (crédito: Ernesto BENAVIDES / AFP)
(crédito: Ernesto BENAVIDES / AFP)

Dois militares morreram na sexta-feira em confrontos contra remanescentes da guerrilha Sendero Luminoso no leste do Peru, onde o líder da organização terrorista também foi "gravemente ferido", informou o Ministério da Defesa neste sábado.

Um comunicado das autoridades informa que desde quinta-feira passada, militares e a polícia peruana "iniciaram uma ação ofensiva contra os terroristas do Sendero Luminoso (SL) na região de Vizcatán, atingindo uma série de campos terroristas e a principal posição de Víctor Quispe Palomino, vulgo 'José'".

"Um número significativo de baixas foi causado nas fileiras do SL, principalmente nas proximidades de seu líder 'José', que está gravemente ferido", acrescenta a nota.

"Armas, material de comunicação, equipamentos, laptops, abundante literatura e documentos" também foram apreendidos durante a operação.

O Comando Conjunto das Forças Armadas lamentou "profundamente" a morte dos militares, que eram oficiais do Exército e da Marinha, e expressou suas condolências aos familiares.

No mês passado, um soldado peruano também foi morto durante um ataque do SL a uma patrulha em Vizcatán, na região de Junín, área que faz parte de um vale de cultivo de coca conhecido como VRAEM (acrônimo de Valle de Ríos Apurimac, Ene y Mantaro), onde se refugiam os remanescentes do Sendero.

Em janeiro de 2021, os militares mataram o número dois do Sendero Luminoso, o "camarada Raúl", um dos homens mais procurados do Peru e irmão do "camarada José" naquela região.

Quase todos os líderes do Sendero Luminoso estão mortos ou presos, mas seus remanescentes, liderados pelo "camarada José", têm cerca de 350 membros, dos quais cerca de 80 estão armados.

A guerrilha surgiu como uma organização maoísta que lançou uma chamada "guerra popular" em maio de 1980, que após duas décadas de confrontos com o exército deixou 69 mil mortos e desaparecidos, segundo a Comissão da Verdade e Reconciliação.

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