Assassinatos

Dois jornalistas são assassinados no norte da Colômbia

A Colômbia ocupa o terceiro lugar entre os países mais perigosos para o exercício da profissão na América Latina, atrás de Venezuela e México

Agência France-Presse
postado em 28/08/2022 18:20 / atualizado em 30/08/2022 12:44
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

Dois jornalistas foram mortos neste domingo(28) quando voltavam da cobertura de uma festa popular no Caribe colombiano, informou a polícia.

Durante a madrugada, os repórteres viajavam de carro entre os municípios de El Copey e Fundación, quando foram abordados "por dois criminosos em uma motocicleta" que "dispararam com uma arma" contra Leiner Montero Ortega (37) e Dilia Contreras Cantillo (39), disse o coronel Andrés Serna, comandante da polícia de Magdalena.

Ambos os jornalistas trabalhavam no portal Sol Digital de Fundación, no norte da Colômbia.

O ataque também deixou um ferido "que está recebendo atendimento médico", explicou Serna, que não especificou se também é jornalista.

Um vídeo publicado por volta das 19h30 de sábado na página do Sol Digital no Facebook mostra várias pessoas reunidas nas festas populares do município de Santa Rosa de Lima, a cerca de 16 quilômetros de Fundación.

De acordo com as primeiras investigações, o ataque estaria relacionado a um "ato de intolerância" durante a celebração, expressão usada pelas autoridades colombianas para se referir a discussões e agressões físicas.

Mas a Fundação para a Liberdade de Imprensa (Flip) pediu que as autoridades "considerem o trabalho jornalístico de Leiner e Dilia", que também era diretora do portal "La Bocina".

Segundo o relatório mais recente dessa ONG colombiana, a violência contra jornalistas no país aumentou em 2021 e 768 profissionais foram vítimas de algum tipo de agressão, incluindo um assassinato.

Desde a assinatura do acordo de paz com a ex-guerrilha das Farc em 2016, dez repórteres foram assassinados.

A Colômbia ocupa o terceiro lugar entre os países mais perigosos para o exercício da profissão na América Latina, atrás de Venezuela e México, segundo a Repórteres Sem Fronteiras.

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