Israel

Forças israelenses procuram palestino suspeito de matar soldado

A soldado Noa Lazar, de 18 anos, que servia na Polícia Militar, morreu com ferimentos de bala infligidos no ataque ocorrido no sábado à noite no posto de controle de Shuafat

Agence France-Presse
postado em 09/10/2022 09:35
 (crédito: AHMAD GHARABLI/AFP)
(crédito: AHMAD GHARABLI/AFP)

As forças israelenses procuram, neste domingo (9/10), um palestino suspeito de matar uma soldado israelense no dia anterior em um ataque armado em Jerusalém Oriental em meio a um aumento da violência nos últimos meses.

A soldado Noa Lazar, de 18 anos, que servia na Polícia Militar, morreu com ferimentos de bala infligidos no ataque ocorrido no sábado à noite no posto de controle de Shuafat, um campo de refugiados palestinos em Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel.

O primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, prometeu "levar à justiça os responsáveis por este crime hediondo", que ocorre durante o período de feriado judaico.

"O terrorismo não vai vencer, somos fortes apesar desta noite difícil", acrescentou.

O funeral da jovem está marcado para segunda-feira à noite, após o início do feriado judaico do Sucot.

Outro homem israelense de 30 anos foi baleado e gravemente ferido na cabeça no ataque e foi levado para o Hospital Hadassah em Jerusalém.

Dois policiais de fronteira ficaram levemente feridos por "estilhaços", segundo a polícia.

De acordo com a polícia israelense, o autor do ataque é um palestino de 22 anos que vive em Jerusalém Oriental.

Ele foi levado de carro por um cúmplice ao posto de controle e abriu fogo contra os policiais de serviço antes de fugir para o acampamento.

Neste domingo, após uma noite de tensão em Jerusalém, a polícia israelense prendeu três jovens palestinos suspeitos de "estarem envolvidos no ataque" e bloqueou o acesso ao campo, onde continuava a caça ao suspeito.

- Ataque em Jenin -
Mais cedo no sábado, dois adolescentes palestinos identificados como Ahmad Daraghmeh, de 16 anos, e Mahmoud al-Sousse, 18, foram baleados e mortos em um novo ataque do exército israelense em Jenin, um reduto de facções armadas palestinas no norte da Cisjordânia ocupada, onde soldados tentavam prender um suposto membro da Jihad Islâmica, um grupo islâmico palestino armado.

Após ataques mortais em Israel em março e abril, o exército israelense intensificou as operações e prisões na Cisjordânia, especialmente nas áreas de Jenin e Nablus.

Essas operações, muitas vezes intercaladas com confrontos com a população palestina, deixaram mais de cem mortos no lado palestino, o maior número de mortos na Cisjordânia em quase sete anos, segundo a ONU.

"Estou alarmado com a deterioração da situação de segurança e a intensificação dos confrontos armados entre palestinos e as forças de segurança israelenses na Cisjordânia" e em Jerusalém Oriental, comentou na noite de sábado o enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, após os ataques de Jenin e Chouafat.

Diante da violência na Cisjordânia, a Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas pediu aos Estados Unidos que "aumentem a pressão sobre Israel para que cesse sua guerra total contra o povo palestino".

As operações israelenses "levarão a uma explosão e a um ponto sem retorno, que terá consequências devastadoras para todos", alertou Nabil Abou Roudeina, porta-voz do presidente Abbas.

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