ESTADOS UNIDOS

Ex-funcionário acusa: engenheiros do Twitter podem tuitar em qualquer conta

A denúncia foi feita em outubro do ano passado, pouco depois que o bilionário Elon Musk comprou a empresa. O ex-funcionário, que não teve a identidade divulgada, disse que esse programa interno continua ativo

Correio Braziliense
postado em 26/01/2023 15:24
 (crédito: Douglas E. CURRAN / AFP)
(crédito: Douglas E. CURRAN / AFP)

Um ex-funcionário do Twitter apresentou uma queixa, na Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, na última terça-feira (24/1). Ele alegou que engenheiros da empresa têm acesso a um programa interno, conhecido como God Mode (Modo Deus, em livre tradução), que os permite tuitar em qualquer conta na rede social.

Segundo o The Washington Post, a denúncia foi feita em outubro do ano passado, pouco depois que o bilionário Elon Musk comprou a empresa. “O Twitter não tem a capacidade de registrar quais, se houver, engenheiros usam ou abusam do God Mode”, diz o denunciante.

O Twitter é alvo de constantes críticas por causa de falhas de segurança e transparência na empresa. Em julho de 2020, um ataque hacker resultou na invasão de diversos perfis de políticos, bilionários e empresas. O ex-presidente dos EUA Barack Obama e os bilionários Bill Gates, Jeff Bezos, Michael Bloomberg e até o próprio Elon Musk tiveram as contas invadidas.

“Após o hack de 2020, em que os adolescentes podiam twittar como qualquer conta, o Twitter declarou publicamente que os problemas foram corrigidos. No entanto, a existência do God Mode é mais um exemplo de que as declarações públicas do Twitter para usuários e investidores eram falsas e/ou enganosas", diz a denúncia.

O ex-funcionário, que não teve a identidade divulgada, disse que esse programa interno continua ativo. “Eles removeram isso de uma interface, mas ainda existe de outras maneiras. Eles apenas mudaram a fechadura de uma das muitas portas da frente", afirmou.

A chefe de segurança do Twitter, Ella Irwin, não respondeu as perguntas do The Washington Post quando questionada sobre o assunto por e-mail. O Correio também tenta contato com a assessoria da empresa, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

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