FRANÇA

Ex-ministro francês é condenado por dar emprego fantasma a familiares

A Justiça, que destacou a "gravidade" dos fatos, também o condenou a pagar uma multa de 50.000 euros, o mesmo montante imposto a seus familiares em conjunto

Agence France-Presse
postado em 26/01/2023 15:27 / atualizado em 26/01/2023 15:27
 (crédito: FRANCOIS GUILLOT / AFP)
(crédito: FRANCOIS GUILLOT / AFP)

O ex-ministro da Justiça da França, Michel Mercier, foi condenado, nesta quinta-feira (26/1), a três anos de prisão, com suspensão de pena, por empregar com dinheiro público sua esposa e uma de suas filhas como assessoras parlamentares fantasmas.

Mercier, de 75 anos e ex-ministro (2010-2012) do presidente conservador Nicolas Sarkozy, é culpado de desviar 87.000 euros em recursos públicos quando era senador entre 2005 e 2014.

Este dinheiro custeou o salário de sua esposa, Joëlle (2005-2009), e de sua filha, Delphine (2012-2014), pelo trabalho de assessoria parlamentar, que nunca foram realizados.

A Justiça, que destacou a "gravidade" dos fatos, também o condenou a pagar uma multa de 50.000 euros, o mesmo montante imposto a seus familiares em conjunto. Sua esposa e sua filha também foram condenadas a penas de prisão de 18 meses e um ano, respectivamente, mas com suspensão de pena.

Durante o julgamento, o ex-ministro negou que tivesse a intenção de causar algum dano e destacou sua condição de político rural que defende o senso comum dos camponeses contra os "parisienses" da unidade nacional de crimes financeiros PNF.

A contratação de familiares como assessores parlamentares é proibida na França desde 2017, após o escândalo que afetou o ex-primeiro-ministro conservador François Fillon.

Em maio de 2022, a Justiça condenou Fillon, em apelação, a quatro anos de prisão, com suspensão de três, por ter contratado sua esposa Penelope como assessora quando era deputado.

Michel Mercier tem outras questões judiciais pendentes. Desde 2019, ele responde por atos similares junto com outros integrantes do partido centrista MoDem, aliado do atual presidente Emmanuel Macron.

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