Incêndios

Onda de calor e ventos fortes potencializam incêndio florestal no Chile

Mais de 47 mil hectares já foram consumidos e 22 pessoas morreram atingidas pelas chamas. Onda de calor próxima aos 40ºC, somada aos ventos fortes, potencializaram o fogo que está fora de controle

*Correio Braziliense
postado em 05/02/2023 03:55
 (crédito: JAVIER TORRES / AFP)
(crédito: JAVIER TORRES / AFP)

O governo chileno declarou estado de exceção de catástrofe nas regiões de Ñuble e Biobío, após os incêndios florestais consumirem mais de 47 mil hectares e matarem 22 pessoas nos últimos dias. As queimadas estão concentradas na área centro-sul do país e foram provocadas pela forte onda de calor que atingiu o país neste verão.

No primeiro comunicado, na sexta-feira, Tohá explicou que duas das vítimas morreram após serem alcançadas pelas chamas quando transitavam por uma estrada, enquanto outras duas faleceram por um acidente de trânsito, "provavelmente tentando escapar do fogo".

Mais tarde, outras duas mortes foram registradas em La Araucanía, quando um helicóptero que participava do combate aos focos caiu, matando seus dois ocupantes.

"Muito triste pelo acidente de helicóptero em que faleceu o piloto e o mecânico que trabalhavam no combate ao fogo na comuna de Galvarino em La Araucanía", escreveu o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, no Twitter.

Ao todo, 230 incêndios estão ativos, sendo 80 fora de controle. As chamas destruíram 97 residências e, até o momento, deixaram 22 feridos. De acordo com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), rodovias foram fechadas e assentamentos tiveram que ser evacuados. Algumas famílias buscaram refúgio em abrigos.

Além das altas temperaturas, acima dos 38ºC, em Chillan, capital de Nuble, os fortes ventos pioram a situação, tendo em vista que formam o combustível ideal para a propagação das chamas.

Histórico

Em 2017, outra onda de incêndios devastou o país. À época, 467 mil hectares foram queimados, deixando 1,5 mil casas destruídas, seis pessoas atingidas e um total de 11 mortos.

Assim como naquele ano, os focos de incêndio começaram em áreas de cultivo e em bosques, e avançaram até ameaçar e afetar áreas povoadas.

O tráfego por uma das rodovias principais que leva à cidade de Concepción (510 km ao sul de Santiago) teve que ser restringido desde ontem pela proximidade das chamas. Um dos epicentros da tragédia é a localidade de Santa Juana, 52 km ao sul de Concepción.

Estado de catástrofe

O governo do Chile declarou estado de exceção de catástrofe nas regiões de Ñuble e Biobío. Os focos também afetam as regiões de Maule e La Araucanía.

O presidente Gabriel Boric decidiu suspender suas férias e se deslocou até Concepción.

"Vamos realizar patrulhas por toda a região. O mais importante agora é apagar os incêndios. O Estado está mobilizado para isso", disse o presidente.

A declaração do estado de catástrofe, um estado de exceção constitucional, permite medidas como a disponibilização de recursos adicionais para controlar a emergência e ir em socorro dos atingidos, e restringir o recurso às forças militares para esta situação de emergência.

"Meu papel como presidente é garantir que todos os recursos estejam disponíveis para a emergência e para que as pessoas sintam que não estão sozinhas", completou Boric.

Os incêndios, que começaram durante uma onda de calor extremo com temperaturas próximas dos 40°C e no meio de uma seca severa e prolongada, são causados em 99% por razões humanas.

O Ministério Público anunciou a detenção de duas pessoas vinculadas com os incêndios nas regiões de Biobío e La Araucanía. No combate ao fogo trabalham 75 aeronaves e mais de 2,3 mil brigadistas.

(Com informações da APF)

 

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