ESTADOS UNIDOS

Trump se apresenta a tribunal para ouvir acusações criminais; entenda o caso

O caso da atriz pornô é apenas um dos que ameaçam o ex-presidente, que também é investigado por pressionar funcionários públicos para anular a vitória de Joe Biden em 2020

Correio Braziliense
postado em 04/04/2023 15:16 / atualizado em 04/04/2023 15:16
 (crédito: BRYAN R. SMITH / AFP)
(crédito: BRYAN R. SMITH / AFP)

O ex-presidente do Estados Unidos Donald Trump chegou, nesta terça-feira (4/4), ao tribunal no sul de Manhattan, onde permanecerá sob custódia para se apresentar a um juiz, que lerá as acusações no primeiro indiciamento de um ex-chefe de Estado dos Estados Unidos.

Trump é acusado de ter subornado a atriz pornô Stormy Daniels com US$ 130 mil (pouco mais de R$ 420 mil em valores da época) na reta final da campanha às eleições presidenciais de 2016 para que ela se calasse sobre um suposto caso extraconjugal, ocorrido 10 anos antes, e que ele sempre negou.

Seu então advogado Michael Cohen foi o encarregado de fazer o pagamento e o magnata o reembolsou pela quantia de forma parcelada, supostamente fazendo-a passar por honorários profissionais. Após duas tentativas de impeachment no Congresso dos Estados Unidos quando era presidente (2017-2021), Trump agora terá que passar pelo procedimento usual para um réu, como tirar impressões digitais e fotos para a ficha judicial.

Ao contrário de outros estados, onde as câmeras de televisão são permitidas nos tribunais, o juiz não abriu uma exceção nesta ocasião. O magistrado permitirá apenas que os fotógrafos capturem esse momento histórico por alguns minutos antes do início da audiência.

Apoiadores do ex-presidente estão próximos ao tribunal. Os bonés e camisetas de alguns repetiam o slogan de Trump "Make America Great Again" (Faça a América grande novamente, em livre tradução). Outros proclamavam "Trump mente o tempo todo". No final do dia, há a expectativa de que Trump participe de uma entrevista coletiva em sua residência, na Flórida.

O caso da atriz pornô Stormy Daniels é apenas um dos casos que ameaçam o ex-presidente, que também é investigado por pressionar funcionários públicos para anular a vitória de Joe Biden em 2020, com uma ligação telefônica gravada na qual pediu ao secretário de Estado da Geórgia que "encontrasse" votos suficientes para reverter o resultado.

Além disso, ele é investigado por seu possível papel na insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio, assim como pela custódia de documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca.

* Com informações da AFP

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