O celular do estudante britânico Harry George Thompson, 21 anos, tocou às 6h50 desta segunda-feira (18h50, em Brasília), em Seul. Foi um alerta em texto das autoridades sul-coreanas para que os moradores da capital se preparassem para partir. "Cidadãos, preparem-se para evacuar e permitam que idosos e crianças o façam primeiro", dizia o texto.
Treze minutos depois, uma nova mensagem chegou, dessa vez tranquilizando toda a população. "Minha namorada escutou a sirene antiaérea, mas eu não acordei, até que o celular começou a soar o som de emergência do governo. Depois, os alto-falantes espalhados pela capital aconselhavam as pessoas a partirem. Eu me vesti imediatamente, embalei coisas de valor e aguardei por mais informações", contou ao Correio, por meio do WhatsApp.
A 1.249km dali, mais ao sul, o Japão também ativou por um breve período o alerta de mísseis para a região sul de Okinawa. O Estado-Maior Conjunto sul-coreano informou que a Coreia do Norte disparou "o que diz ser um veículo de lançamento espacial" em direção ao sul.
"Eu e minha namorada ficamos muito preocupados. Estávamos nos preparando para fugir pelo metrô. Os amigos dela contaram que estavam todos em pânico. Um deles correu para a rua com uma Bíblia na mão. Mas o segundo alerta veio de forma relativamente rápida e nos trouxe um alívio imenso", afirmou Harry.
O Ministério do Interior sul-coreano divulgou que o alerta foi emitido "incorretamente". O lançamento do suposto veículo espacial marca a primeira provocação de Pyongyang desde o disparo de um míssil balístico intercontinental Hwasong-18, em 13 de abril.
Ontem, o ditador Kim Jong-un havia confirmado que enviaria ao espaço o seu primeiro satélite de espionagem, a fim de monitorar os movimentos militares dos EUA e de aliados em tempo real. Em 16 de maio, Kim inspecionou o satélite e aprovou um "plano de ação futura". Não está claro se o objeto lançado ontem é este aparelho.
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