África

Mais de 16 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no Sahel central

Este número "sem precedentes" constitui "um aumento de 172% desde 2016", relata o IRC, acrescentando que "os três países, que representam apenas 0,9% da população mundial

Agence France-Presse
postado em 05/06/2023 18:07
 (crédito: MICHELE CATTANI)
(crédito: MICHELE CATTANI)

Cerca de 16 milhões de pessoas afetadas pela mudança climática e por conflitos armados precisam de assistência humanitária na região central do Sahel, que abarca Mali, Burkina Faso e Níger — informou a ONG americana International Rescue Committee (IRC) nesta segunda-feira (5).

Este número “sem precedentes” constitui “um aumento de 172% desde 2016”, relata o IRC, acrescentando que "os três países, que representam apenas 0,9% da população mundial, demandam 5% das necessidades humanitárias do mundo".

Há uma década, Burkina Faso, Mali e Níger enfrentam sangrentas ondas de violência jihadista em vários segmentos de seu território.

De acordo com o informe, grande parte do Sahel central "está altamente exposto às mudanças climáticas".

"As temperaturas estão subindo 1,5°C mais rápido do que no resto do mundo, e um aumento entre 2°C e 4,3°C é previsto até 2080", completa o texto.

Um “círculo vicioso”, segundo o IRC, que destaca que a mudança climática e a pobreza aumentam o risco de conflitos armados e vice-versa.

A ONG acrescenta que esta crise múltipla, que atinge, sobretudo, as mulheres de forma “desproporcional”, força “as populações a deixarem suas casas e destrói suas fontes de renda”.

Cerca de três milhões de pessoas estão deslocadas. Deste total, dois milhões são apenas dentro de Burkina Faso, informa a organização.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esses três Estados estão entre os dez menos desenvolvidos do mundo.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação