Rússia: avião cai e mata líder mercenário que desafiou Putin

A aeronave caiu nesta quarta-feira (23/8) enquanto sobrevoava a região de Tver. A agência russa de transporte aéreo Rosaviatsia confirmou que Yevgeny Prigozhin, o chefe do grupo Wagner, estava a bordo do avião

Prigozhin havia sido chamdo de "traidor" por Putin quando ele liderou, no fim de junho, uma rebelião dos mercenários do Wagner contra o estado-maior russo - (crédito: Handout / TELEGRAM/ @concordgroup_official / AFP)

Correio Braziliense

postado em 23/08/2023 18:08 / atualizado em 24/08/2023 14:10

A agência russa de transporte aéreo Rosaviatsia confirmou, nesta quarta-feira (23/8), que Yevgeny Prigozhin, o chefe do grupo Wagner, estava a bordo do avião que caiu nesta quarta-feira (23/8). Anteriormente, a agência tinha confirmado que o nome dele estava na lista de passageiros, mas agora confirmou que Prigozhin era uma das vítimas. 

"De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer-135", informou a Rosaviatsia, citando o nome de Prigozhin, bem como o braço direito dele, Dmitry Utkin. Segundo a agência, o voo era realizado "sob uma licença de espaço aéreo devidamente emitida".

• Chefe do grupo Wagner está em lista de passageiros de avião que caiu
  
• Avião que caiu na Rússia era brasileiro; modelo era usado por Prigozhin
  

O acidente

De acordo com as agências russas, que citaram a agência federal russa de transporte aérea, Rossaviatsia, o nome de Prigozhin aparece na lista dos passageiros do voo, que cumpria um trajeto entre Moscou e São Petersburgo. Segundo a AFP, nenhuma das 10 pessoas que estavam a bordo da aeronave, que sobrevoava a região de Tver, na Rússia, sobreviveu ao acidente.

"Havia 10 pessoas a bordo, incluindo três tripulantes. Segundo as primeiras informações, todas as pessoas a bordo morreram", afirmou o ministério russo de Situações de Emergência no aplicativo Telegram.

Tensão na Rússia

Putin havia chamado Prigozhin de "traidor" quando ele liderou, no fim de junho, uma rebelião dos mercenários do Wagner contra o estado-maior russo e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, tomando quartéis no sul da Rússia e iniciando uma marcha rumo a Moscou.

O motim foi interrompido menos de 24 horas depois, após um acordo que previa a partida de Prigozhin para Belarus e que os milicianos do grupo Wagner se incorporassem ao exército regular russo.

* Com informações da Agência France-Presse