Taiwan expressou indignação nesta quinta-feira (14/9) contra o bilionário Elon Musk, acusado de "bajular cegamente" Pequim, depois que o empresário afirmou que a ilha, que tem um governo próprio, é uma "parte integrante" da China. O governo da China considera Taiwan uma parte de seu território e afirma que espera a "reunificação".
Desde a chegada ao poder em 2016 da atual presidenta taiwanesa, Tsai Ing-wen, Pequim intensificou a pressão sobre a ilha. Musk comparou Taiwan ao estado americano do Havaí em um podcast e afirmou que a ilha é uma "parte integrante" da China.
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Musk "bajula cegamente a China e se os comentários são feitos por interesses comerciais, tais comentários não merecem ser levados a sério e o orador não merece respeito", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jeff Liu.
"Não sabemos se o livre arbítrio de Musk está à venda, mas Taiwan não está à venda", acrescentou o porta-voz.
Musk — proprietário da rede social X, antes conhecida como Twitter — também foi criticado pelo ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, que sugeriu ao empresário que solicite ao Partido Comunista da China que autorize o uso da plataforma aos cidadãos chineses.
O empresário nascido na África do Sul já havia provocado irritação em maio, quando afirmou que a integração de Taiwan à China é "inevitável".
Musk, conhecido pelas declarações francas, personalidade extrovertida e por emitir opiniões sobre questões geopolíticas e sociais, tem grandes interesses econômicos na China.
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