A Austrália revelou nesta segunda-feira (11/12) seus planos para reduzir o número de imigrantes que chegam ao país, com o objetivo de conter o fluxo pós-pandêmico e atuar frente ao descontento dos eleitores pelo custo do aumento de vida.
O governo trabalhista de centro-esquerda australiano anunciou uma série de medidas que dificultam a entrada de migrantes em geral, desde estudantes estrangeiros até trabalhadores pouco qualificados. As medidas incluem requisitos mais rígidos sobre o idioma inglês e limites salariais mais altos.
No ano passado, aproximadamente meio milhão de imigrantes temporários entraram na Austrália, no que se registrou como o auge da pós-pandemia após anos de fronteiras fechadas.
O governo acredita que suas reformas contenham o número em torno de 250.000 imigrantes no período 2024-2025. "Vamos garantir que os números voltem a ficar sob controle", afirmou a ministra do Interior, Clare O'Neil.
Apesar das taxas de emprego quase recordes, os australianos estão cada vez mais frustrados com o aumento dos preços e um exuberante mercado imobiliário.
O'Neil enfatizou que a imigração é essencial para a prosperidade da Austrália e descreveu os trabalhadores estrangeiros como o "tempero especial" que fez a Austrália crescer.
Porém, prometeu "construir um sistema mais bem planejado em itens essenciais como moradia".
Os preços dos aluguéis em algumas regiões de Sidney e Melbourne aumentaram em torno de 25% no último ano.
O líder conservador da oposição, Peter Dutton, criticou o governo por seu "grande programa de migração".
"Nossa cidades estão cheias, as ruas congestionadas, a infraestrutura não acompanha", disse no início deste mês e sugeriu que o número de imigrantes deveria ser reduzido.
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