RÚSSIA

Cinco membros da mesma família morrem em ataque russo na Síria

A Rússia, um dos principais apoios do governo do presidente Bashar al-Assad, intervém militarmente na Síria desde 2015

Voluntários da Defesa Civil Síria, conhecidos como Capacetes Brancos, depositam os corpos de vítimas da mesma família em um hospital após ataques aéreos russos noturnos perto da cidade de Armanaz       -  (crédito: OMAR HAJ KADOUR / AFP)
Voluntários da Defesa Civil Síria, conhecidos como Capacetes Brancos, depositam os corpos de vítimas da mesma família em um hospital após ataques aéreos russos noturnos perto da cidade de Armanaz - (crédito: OMAR HAJ KADOUR / AFP)
postado em 26/12/2023 10:03 / atualizado em 26/12/2023 10:03

Cinco membros da mesma família, todos civis e entre eles três crianças, morreram em ataques russos no último grande reduto rebelde no noroeste da Síria, disseram os serviços de socorro e uma ONG, nesta terça-feira (26/12).

A Rússia, um dos principais apoios do governo do presidente Bashar al-Assad, intervém militarmente na Síria desde 2015 e ataca, de forma frequente, posições dos rebeldes na região de Idlib, no noroeste do país. 

"Em 25 de dezembro, às 22h (16h em Brasília), caças russos atacaram casas habitadas por civis" perto da cidade de Armanaz, na província de Idlib, disse à AFP o socorrista Abdel Halim Shehab. 

Segundo ele, as equipes de resgate retiraram dos escombros "seis membros de uma mesma família: o pai, a mãe e três de seus filhos", enquanto uma quarta criança, ferida, sobreviveu ao ataque. 

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) confirmou o balanço do ataque russo. 

O reduto rebelde de Idlib, onde vivem cerca de três milhões de pessoas, é parcialmente controlado pelo grupo "jihadista" Hayat Tahrir al Sham. 

O Exército russo e as forças do regime sírio intensificaram as operações na área em outubro, em resposta a um ataque de drones contra o Exército sírio que deixou mais de 100 mortos em Homs, no centro do país. 

O conflito na Síria, iniciado em 2011 com a repressão às manifestações pró-democracia, deixou mais de meio milhão de mortos e fragmentou o país. O governo recuperou o controle de grande parte do território com a ajuda de seus principais aliados, Rússia e Irã.

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