ARGENTINA

Milei quer convocar consulta popular caso Congresso rejeite decretos

Segundo o próprio Milei, 75% da população apoia os decretos de desregulação da economia

Manifestantes do Central Geral dos Trabalhadores da Argentina se reuniram na frente do Palácio da Justiça em oposição a Milei nesta quarta-feira (27/12). -  (crédito: Luis ROBAYO / AFP)
Manifestantes do Central Geral dos Trabalhadores da Argentina se reuniram na frente do Palácio da Justiça em oposição a Milei nesta quarta-feira (27/12). - (crédito: Luis ROBAYO / AFP)
postado em 27/12/2023 12:35 / atualizado em 27/12/2023 12:36

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que "obviamente" pretende convocar uma consulta popular, caso o Congresso não aprove o pacote de medidas que ele lançou por meio de Decretos de Necessidade e Urgência (DNU), instrumento similar às medidas provisórias brasileiras. "Por que o Congresso se coloca contra algo que faz bem as pessoas?", questionou o político, que tem minoria nas duas Casas do Legislativo. As declarações foram dadas em entrevista ao canal a cabo La Nación+.

Segundo o próprio Milei, 75% da população apoia os decretos de desregulação da economia.

Ele acusou "alguns" legisladores de "buscar propinas" em troca de votar a favor dos decretos. E ressaltou que o uso de DNU foi estratégia usada muitas vezes por seus antecessores, criticando um "duplo padrão".

Segundo ele, os contrários ao conteúdo "jogam a culpa na forma", e seus decretos "apontam contra os corruptos" que buscam negócios em troca de "negociar alguma lei".

Milei disse que o pacote de medidas que lançou tem como foco desregular a economia, em um "choque libertador", que seria "amigável com a competência, com os mercados, com os argentinos de bem".

Na avaliação dele, as mudanças farão com que o investimento reaja muito mais rápido no país, reduzindo o período de crise.

 

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