O total de 96 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação de migrantes na costa do Iêmen, segundo um novo balanço comunicado nesta terça-feira (5) à AFP por dois responsáveis do país e uma fonte da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A embarcação, que transportava principalmente cidadãos etíopes, naufragou no domingo enquanto seguia para a província de Abyan, um destino frequente para os barcos de traficantes que levam migrantes africanos para os países ricos do Golfo.
Na noite desta terça-feira, uma fonte iemenita da OIM indicou que dois cadáveres haviam sido exumados e enterrados por pescadores após aparecerem na praia e começarem a se decompor. O novo balanço eleva para 96 o número de mortos no naufrágio.
Anteriormente, uma fonte de segurança e um responsável iemenita afirmaram que 94 cadáveres haviam sido recuperados e que a maioria foi enterrada. O responsável local precisou que ainda apareciam corpos na costa.
Um jornalista colaborador da AFP viu pelo menos um corpo na praia, próximo ao local do naufrágio. Ele também observou tendas em mau estado nessa zona remota, utilizada por redes de traficantes. As autoridades afirmaram que as forças de segurança e seus aliados pró-governo realizaram uma operação de limpeza contra os migrantes instalados pelos traficantes na costa.
As autoridades locais e a OIM estimaram que a embarcação transportava cerca de 200 pessoas. Dois responsáveis iemenitas informaram na segunda-feira à AFP que pelo menos 32 pessoas sobreviveram e que dezenas continuam desaparecidas.
Apesar da guerra civil que assola o Iêmen desde 2014, este país, um dos mais pobres do mundo, continua sendo uma etapa-chave nas rotas migratórias irregulares, especialmente desde a Etiópia, também abalada por conflitos.
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