Um ataque dos Estados Unidos contra uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no Caribe matou três pessoas neste sábado (1°/11), disse o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, no mais recente de uma série de ataques desse tipo em águas internacionais.
Os Estados Unidos enviaram navios para o Caribe e caças para Porto Rico como parte de uma grande força militar que Washington alega ter como objetivo conter o tráfico de drogas.
Mais de 15 ataques dos EUA contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico mataram pelo menos 65 pessoas nas últimas semanas, atraindo críticas de governos da região.
"Esta embarcação, como TODAS AS OUTRAS, era conhecida por nossa inteligência por estar envolvida no contrabando de narcóticos", disse Hegseth na rede X.
"Três narcoterroristas estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que ocorreu em águas internacionais", acrescentou.
Especialistas afirmam que os ataques, que começaram no início de setembro, configuram execuções extrajudiciais, mesmo que tenham como alvo traficantes de drogas conhecidos.
Washington ainda não divulgou nenhuma prova de que seus alvos estivessem envolvidos com o tráfico de drogas ou representassem uma ameaça aos Estados Unidos.
Hegseth afirmou que Washington continuaria "caçando... e matando" supostos traficantes.
Ele compartilhou imagens de vídeo do ataque, mostrando o momento em que o barco foi atingido, seguido por um incêndio.
Como em vídeos anteriores, algumas áreas da embarcação estão borradas, impossibilitando verificar quantas pessoas estavam a bordo.
Na sexta-feira, as Nações Unidas instaram Washington a cessar os ataques.
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, afirmou que essas pessoas foram mortas "em circunstâncias que não encontram justificativa no direito internacional".
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa Washington de usar o narcotráfico como pretexto para "impor uma mudança de regime" em Caracas.
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