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Correio Braziliense
postado em 21/12/2020 23:37
 (crédito: Philip Fong/AFP - 30/11/20)
(crédito: Philip Fong/AFP - 30/11/20)

Aberturas de capital quebram recordes
O ano de 2020 ficará marcado como o da retomada dos IPOs (oferta pública de ações, na sigla em inglês). Foram realizadas 28 aberturas de capital entre janeiro e dezembro, que movimentaram R$ 177 bilhões. O recorde anterior foi registrado em 2007, quando 64 empresas estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo. Naquele ano, porém, a captação foi bem menor (R$ 55 bilhões). Chama atenção a variedade dos setores ingressantes na B3. Em 2020, uma varejista de produtos para animais (Petz), um brechó on-line (Enjoei) e uma rede de estacionamentos (Estapar), entre diversos outros empreendimentos, começaram a negociar ações, um sinal evidente do novo dinamismo do universo empresarial brasileiro. A rede D’Or, maior grupo hospitalar privado do Brasil, foi a campeã em valores movimentados. Sua operação levantou R$ 11,4 bilhões, à frente da rede de supermercados Grupo Mateus (R$ 4,6 bilhões) e da companhia de logística portuária Hidrovias do Brasil (R$ 3,4 bilhões)

 

"Eu, como liberal, sou favorável à privatização de todas as estatais. O Estado tem de cuidar da qualidade de vida do cidadão e não se ocupar em ser empresário, competindo com a iniciativa privada”
Salim Mattar, fundador da Localiza e ex-secretário de Desestatização do governo Bolsonaro

 

R$ 140,1 bilhões
foi a arrecadação federal em novembro, alta de 7,31% na comparação com o mesmo período do 2019 e o melhor desempenho para o mês em 6 anos

 

Japoneses querem cancelamento da Olimpíada
A realização da Olimpíada de Tóquio começa novamente a ser questionada. Depois de o evento ser adiado de 2020 para 2021, por causa da pandemia, agora é a população local que se volta contra a competição. Segundo pesquisa feita pela emissora pública NHK, 32% dos japoneses defendem o cancelamento definitivo dos Jogos, enquanto 27% disseram que as disputas deveriam ocorrer conforme o planejado. É a primeira vez que o número de insatisfeitos supera o de entusiastas da Olimpíada.

 

Grupo Dasa vai às compras
O grupo de laboratórios Dasa continua com seu agressivo plano de aquisições. Ontem, a empresa anunciou dois novos negócios: a compra da rede de análises clínicas Exame, do Rio Grande do Sul, e do Instituto de Hematologia, de São Paulo. O valor das operações não foi revelado. No início de dezembro, ocorreu a investida mais ambiciosa: a incorporação da rede paulista de hospitais Leforte, por
R$ 1,77 bilhão. O ano de 2020 foi marcado pelo processo de consolidação do setor da saúde.

 

Santander transforma estacionamentos em lojas de carros
Em vez de desaparecer, as agências bancárias serão completamente diferentes no futuro. Pelo menos essa é a ideia do Santander. O banco espanhol decidiu começar as mudanças pelos estacionamentos. Em parceria com o site Webmotors, criou espaços para a compra e venda de automóveis. O projeto está em andamento em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, mas a intenção é expandi-lo para todas as capitais brasileiras. O próximo passo é instalar franquias de redes de alimentos no formato de food truck.

 

Rapidinhas

» As transmissões ao vivo em redes sociais para a venda de produtos é uma tendência no varejo. Há alguns dias, o Walmart realizou a primeira operação desse tipo em evento exibido no TikTok. Na China, o e-commerce em vídeos ao vivo movimentará US$ 135 bilhões em 2020. No ano que vem, a expectativa é que o segmento cresça 30% no país.

» O home office veio para ficar, mas não será integral. Segundo pesquisa feita pela consultoria Lockton, o modelo híbrido prevalecerá no ambiente corporativo. A maioria das empresas (55%) instituiu o trabalho remoto na pandemia e irá mantê-lo daqui por diante, desde que os colaboradores trabalhem dois ou três dias por semana no escritório.

» Os trabalhadores, por sua vez, querem continuar longe do escritório. Outro estudo, feito pela empresa de softwares Salesforce, constatou que 57% dos entrevistados gostariam de seguir em casa mesmo com o fim da pandemia. Eles alegam que se tornaram mais produtivos no home office.

» A startup brasileira Dr. Cannabis, que ajuda pacientes na importação de maconha medicinal, captou R$ 2 milhões em nova rodada de investimentos. O dinheiro foi obtido com a ajuda da plataforma StartupMeUP e contou com desembolsos feitos por 250 investidores. Segundo a Dr. Cannabis, 30 mil pacientes estão cadastrados na plataforma.

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