Bolsonaro perde o apoio do empresariado
As críticas ao governo Bolsonaro vêm ganhando intensidade entre o empresariado. Além da ausência de reformas, algo que incomoda praticamente todo o setor produtivo, a falta de uma coordenação nacional em prol da vacina acabou por minar a confiança na capacidade do Planalto de gerenciar a crise do coronavírus. Está mais do que evidente, diante do colapso provocado pelo descontrole da pandemia, que o governo errou feio ao não priorizar a imunização da população. A gradual retomada das atividades econômicas nos Estados Unidos e no Reino Unido, que aceleraram seus programas de vacinação, escancarou ainda mais os equívocos cometidos pelo presidente brasileiro. Poucas nações têm expertise e estrutura suficientes para imunizar em massa –– o Brasil certamente é um deles. No entanto, isso não tem sido feito, e por uma simples razão: o governo não comprou as vacinas a tempo, preferindo esperar para ver. O resultado é trágico para o país inteiro.
"A vacinação é a forma mais rápida para estabilizar os sistemas de saúde, restaurar serviços essenciais e estimular uma recuperação verdadeiramente global da economia”
Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde
Bolsa brasileira tem muito a avançar
O início de 2021 tem sido marcado pelo recorde de aberturas de capital na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Com os 15 IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) realizados nos dois primeiros meses do ano, o número de empresas que negociam papéis no mercado brasileiro chegou a 430. É um avanço, mas ainda modesto perto do potencial brasileiro. Somadas, as bolsas de Nova York e a eletrônica Nasdaq contabilizam 6 mil companhias de quase todos os setores e tamanhos.
32%
foi quanto cresceram as exportações de veículos em fevereiro na comparação com janeiro, segundo números da Anfavea, a associação dos fabricantes. Mesmo assim, o resultado representa uma queda de 12,2% na comparação com o mesmo mês de 2020.
Gasolina sobe, mas Petrobras cai
O descompasso entre o aumento do preço dos combustíveis e o desempenho das ações da Petrobras mostra que há algo errado com a credibilidade da empresa. Ontem, a petrolífera anunciou que o preço do litro da gasolina passará de R$ 2,60 para R$ 2,84, uma alta de 9,2%. Já o litro do diesel subirá de R$ 2,71 para R$ 2,86, ou 5,5% a mais. Desde o início do ano, a gasolina acumula valorização de 54% nas refinarias, enquanto o diesel avançou 41,6%. Já as ações da Petrobras caíram cerca de 40% no ano.
Burger King erra feio no Dia da Mulher
A turma do marketing precisa ficar mais atenta aos novos tempos. Ontem, Dia Internacional da Mulher, o Burger King britânico publicou um tuíte desastroso: “As mulheres pertencem à cozinha”, afirmava o texto. A ideia era incentivá-las a ingressar na carreira de chefs, já que apenas 20% desses postos são ocupados por mulheres. A estratégia, claro, não funcionou, e a rede foi acusada de reforçar estereótipos. Apesar das tentativas de explicação, o estrago já estava feito.
Rapidinhas
» 'O aumento da demanda pelo aluguel de computadores, tablets e desktops gerado pelo home office levou a mineira Microcity ao melhor ano de sua história. Em 2020, o faturamento chegou a R$ 140 milhões, um acréscimo de 26% sobre o período anterior. A empresa conta, atualmente, com 200 mil máquinas alocadas de fabricantes como Apple, Dell, HP, Lenovo e Microsoft.
» 'A Disney irá redesenhar a sua operação física. Em 2021, pelo menos 60 lojas, do total de 200, serão fechadas nos Estados Unidos e no Canadá. Cortes em pontos de venda na Europa, onde a empresa mantém 60 unidades, também estão previstos. A ideia é focar no varejo eletrônico. O Brasil não possui unidades da Disney Store.
» 'Os eventos virtuais vieram para ficar. Segundo pesquisa realizada pelo LinkedIn, 83% das empresas do ramo pretendem continuar organizando eventos remotos nos próximos 12 meses. O estudo também mostrou que, para 90% dos consultados, os webinars trouxeram oportunidades inexistentes no formato presencial.
» 'As consultorias Teva Índices e Easynvest realizaram uma pesquisa nos diversos conselhos de administração do país para identificar aqueles com a maior presença feminina. A campeã foi o brechó Enjoei, com 60% de participação de mulheres (três entre cinco membros), à frente do banco BMG, com 50% (metade dos oito).
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