Mercado S/A

"O comércio eletrônico, de fato, veio para ficar, mas não significa necessariamente que levará ao fechamento de lojas"

Amauri Segalla
postado em 10/10/2021 20:11
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Apesar da pandemia, lojas físicas não morreram
A varejista de moda Renner acelerou em 2021 a estratégia de abertura de lojas. Segundo a empresa, a meta é encerrar o ano com 20 novas unidades. Em 2020, período marcado pelas restrições de circulação impostas pela pandemia, foram sete. Recentemente, a Amaro, que trabalha nas categorias de moda, casa, beleza e bem-estar, anunciou que deverá inaugurar sete endereços até o fim do ano, incluindo a chegada em novas praças (Brasília, Goiânia, Recife e Salvador) e a ampliação da presença em lugares onde já atua (Curitiba, Porto Alegre e São Paulo). É curioso observar o movimento. No auge da crise, muitos analistas cravaram que as operações físicas estavam condenadas. Não é o que se vê. O comércio eletrônico, de fato, veio para ficar, mas não significa, necessariamente, que levará ao fechamento de lojas. No ramo de moda, os clientes gostam de experimentar o produto antes de comprar, e não há venda on-line que substitua essa experiência.

 

"Acabei de chegar do exterior e nunca vi uma imagem do Brasil tão ruim”
Elena Landau, economista que liderou o programa de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso

 

40%
foi quanto aumentou a cotação do dólar desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. A moeda cara é aliada da inflação

 

Gerdau lança revestimento sustentável
A Gerdau, maior produtora de aço do Brasil, desenvolveu, em parceria com as empresas Jasmmin e Preall, um novo material para uso na construção civil. Ele é feito a partir do reaproveitamento de resíduos e pode ser usado para revestimentos de fachadas, pisos e paredes. “É uma maneira de reforçar o nosso compromisso com a sustentabilidade e a economia circular”, diz Wendel Gomes, diretor de mineração e matérias-primas da Gerdau. O novo componente é um dos destaques da mostra Modernos Eternos BH.

 

Anfavea não quer importação de carros usados
Um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Marcel Van Hattem irritou a Anfavea, a associação das montadoras. A iniciativa prevê a permissão para importação de veículos usados, hoje restrita a modelos 0km ou com mais de 30 anos de uso (para colecionadores). Segundo a Anfavea, a medida trará transtornos. A entidade argumenta que as montadoras instaladas no país atendem a 50 requisitos técnicos. Com a importação de usados, quem garantirá o cumprimento de normas de segurança?

 

Steve Wozniak, da Apple, será atração de evento da CNI
No próximo dia 20 de outubro, o evento virtual de lançamento do 9º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, terá uma atração e tanto: Steve Wozniak, o gênio que fundou a Apple ao lado de Steve Jobs. Além dele, a edição contará com a participação de personalidades que são referências em suas áreas de atuação, como o economista de Guiné Bissau Carlos Lopes, autor de 20 livros sobre o desenvolvimento da África.

 

Rapidinhas

» A Associação Brasileira da Indústria de Canabinoide (BR CAnn), que tem como foco desenvolver o mercado de cannabis medicinal no país, já conta com 18 empresas participantes. O setor é incipiente no Brasil. No ano passado, movimentou R$ 150 milhões — valor irrisório perto de seu potencial — a partir da demanda de 25 mil pacientes.


» A volta do mercado de cruzeiros é vital para a economia. Segundo estimativas da Clia, a associação do setor, os passeios marítimos geram um impacto de R$ 2,5 bilhões no Brasil, dos quais R$ 330 milhões apenas em impostos. Além disso, as temporadas de cruzeiros asseguram 35 mil empregos diretos e indiretos.


» As empresas brasileiras têm uma capacidade impressionante para resistir a crises. Segundo a consultoria Economatica, o faturamento das companhias de capital aberto aumentou, em média, 10% entre junho de 2020 e junho de 2021. Nos Estados Unidos, referência de solidez corporativa, o avanço foi de 5%.


» A agenda ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) avança no Brasil. A Americanas estipulou a meta de compensar 100% das emissões de gases do efeito estufa e se tornar uma empresa com a chancela “carbono neutro” até 2025. Além disso, a intenção é ampliar de 25% para 100% o uso de energia limpa em suas lojas.

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