A crise brasileira pode ser traduzida em um único número: 12 milhões de famílias estão endividadas. Apurado pela Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), o dado corresponde ao maior nível da série histórica iniciada há 11 anos e abrange todo tipo de dívida — cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja e crédito consignado. Como sempre, o cartão de crédito é o principal vilão, respondendo por quase 85% de todas as dívidas dos brasileiros. De fato, não foi fácil a vida do cidadão nos últimos dois anos. Nesse período, o real sofreu desvalorização de cerca de 40%. O desemprego aumentou. Os níveis de miséria dispararam. A fome voltou com tudo. A inflação, que parecia guardada em um passado distante, ressurgiu e está disposta a ficar por aí durante um bom tempo. O governo precisa agir, mas parece preocupado apenas com o calendário eleitoral.
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