Ações da Via despencam e contrariam previsões do mercado

Nos últimos dois anos, diversos gestores do mercado financeiro cravaram que as ações da Via, grupo controlador das redes Casas Bahia e Ponto (ex-Ponto Frio), representavam uma grande oportunidade na Bolsa. A empresa, diziam eles, estava passando por um turnaround — jargão do mundo corporativo para designar reviravolta — que a colocaria de volta aos eixos. Nesta semana, porém, os acionistas se surpreenderam com um comunicado que escancarou a dura realidade da companhia: os recursos destinados a cobrir ações trabalhistas dobraram de tamanho, para R$ 2,5 bilhões. Sim, bilhões. Junte-se a isso a queda de 5,9% da receita líquida no terceiro trimestre e o que se vê é um horizonte turvo para Via. Ontem, seus papéis caíram cerca de 10%, e os principais bancos rebaixaram as avaliações da empresa. A lição que fica da história: não confie em gestores otimistas demais. O mercado costuma ser implacável com essa turma.