A crise não tem sido impedimento para que empresas de diversos setores invistam em aquisições. Ontem, duas grandes operações movimentaram o mercado brasileiro. A Ânima Educação recebeu um aporte de R$ 1 bilhão da DNA Capital, investidora global especializada no mercado de saúde. De acordo com a empresa, o valor será empregado na Inspiralli, sua subsidiária da área de educação médica. A Inspirali, que atende cerca de 10 mil alunos, possui 14 instituições localizadas em capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Florianópolis e Natal, além de cidades de menor porte, como Piracicaba, São José dos Campos e Cubatão, todas no interior paulista. Outro movimento importante foi realizado pelo grupo Arezzo&Co, que decidiu investir no mercado de vestuário feminino. A empresa comprou a marca Carol Bassi, por R$ 180 milhões, mas o valor poderá chegar a R$ 220 milhões se metas de desempenho forem alcançadas. Segundo a Arezzo, o mercado de roupas femininas de luxo é de R$ 15 bilhões.
Casas Bahia tem Black Friday melhor que no pré-pandemia
Apesar da crise, o desempenho de algumas empresas surpreendeu na Black Friday. As lojas físicas e virtuais da Casas Bahia, por exemplo, tiveram performance 20% superior à obtida no evento pré-pandemia. Apenas na sexta-feira 26, a Via, dona da rede, registrou crescimento de quase o dobro da média do mercado virtual, segundo a plataforma Compre &Confie. A Casas Bahia também foi a que teve o maior número de aplicativos baixados na semana da Black Friday em comparação com outros players nacionais.
"Nesse governo, só se deu bem
quem comprou dólar e se mandou"
Poucos integrantes do mercado financeiro são tão críticos do governo Bolsonaro quanto Luiz Alves, sócio da Versa Asset, gestora de um dos fundos multimercados mais rentáveis do país. Alves vai direto ao ponto para explicar como ficou o pobre investidor em cenário tão adverso: "Se o cara tinha poupança, a inflação corroeu. Se tinha títulos pré-fixados, a abertura das taxas ferrou. Se tinha ações, o valor desmoronou. Nesse governo horroroso, só se deu bem quem comprou dólar e se mandou."
Tramontina coloca inteligência artificial na cozinha
Aos 110 anos, a Tramontina, uma das maiores fabricantes de talheres e panelas do Brasil, decidiu inovar. A empresa lançou um cooktop (conjunto de bocas de fogão independente de forno) dotado de inteligência artificial. O eletrodoméstico é usado com o auxílio de smartphone. Funciona assim: ao colocar a panela sobre o tal fogão, o usuário recebe, pelo celular, dicas de receitas e até o nível ideal de cozimento. A empresa deverá encerrar 2021 com faturamento de R$ 10 bilhões.
» O PicPay, maior aplicativo de pagamentos do Brasil, detectou aumento expressivo dos níveis de engajamento de seus usuários. De acordo com a empresa, a quantidade de transações feitas em sua plataforma alcançou em 2021 a média de quatro por semana, o que representa um avanço de quase 2,5 vezes em menos de dois anos.
» A General Motors assegurou que, no ano que vem, vai reduzir as emissões de poluentes em 43%. Para isso, promoveu mudanças em veículos, como os sistemas de exaustão e armazenamento e de distribuição de combustível. Segundo a GM, outra alteração se deu na inteligência dos softwares que gerenciam motor e câmbio.
» As fintechs Zetra e a SalaryFits finalizaram a segunda versão da pesquisa sobre os "Hábitos e Impactos da Saúde Financeira do Trabalhador". O estudo, feito com 800 profissionais das iniciativa privada e pública de todas as regiões do país, identificou que 65% deles usam o saldo rotativo do cartão como o primeiro recurso de crédito.
» A 2TM, holding da corretora de criptomoedas Mercado Bitcoin, levantou US$ 50,3 milhões em uma nova rodada de investimentos. A empresa vive período de fartura. Em junho, já havia captado US$ 200 milhões. Boa parte dos recursos será destinada para a expansão internacional, com destaque para Argentina e México.
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