Google dará bônus a todos os funcionários, inclusive para os estagiários

Correio Braziliense
postado em 10/12/2021 00:01

Acostumadas a mudar o mundo, as empresas de tecnologia agora querem estabelecer novos parâmetros para os bônus financeiros de fim de ano. Na maioria das companhias, apenas os altos escalões costumam receber valores extras por desempenho no encerramento de um ciclo econômico. A Alphabet, dona do Google, decidiu atacar essa embolorada tradição e dará um exemplo extraordinário já em 2021. O conglomerado anunciou que distribuirá o equivalente a US$ 1,6 mil (que serão convertidos nas moedas de cada país) a todos os seus funcionários em qualquer parte do mundo. Ressalte-se: serão todos mesmo, incluindo estagiários e terceirizados. No terceiro trimestre, as receitas da Alphabet surpreenderam o mercado ao somar US$ 65,1 bilhões, o que corresponde a uma alta de 41% na comparação anual. A lição do Google deveria ser absorvida por empresas brasileiras, que, mesmo em anos espetaculares, raramente olham para a base de funcionários.

Os melhores e piores desempenhos na Bolsa em 2021

O ano tem sido terrível para os investidores da Bolsa brasileira, mas alguns deles não têm do que reclamar. Entre os cinco melhores desempenhos de 2021 estão as ações de Embraer (alta de 133%), Braskem (130%), Marfrig (51%), Companhia Brasileira de Distribuição (51%) e PetroRio (47%). No campo oposto aparecem as empresas varejistas: Magazine Luiza (tombo de 74% no ano), Via (66%) e Americanas (62%). Qualicorp (queda de 53%) e Eztec (53%) também fizeram feio.

XP de olho na
casa própria

A XP vai entrar no ramo imobiliário. A empresa se tornou sócia da incorporadora Direcional Engenharia na startup Direto, especializada em crédito para a compra de imóveis novos e usados. Pelo acordo assinado nesta semana, a XP passa a deter 49,9% do capital da startup — o valor da transação não foi revelado. Segundo José Berenguer, CEO do Banco XP, o segmento tem "total sinergia" com a sua base de clientes e certamente abrirá boas oportunidades de negócios.

Enquanto carros derrapam, motos aceleram

O mês de novembro trouxe cenários opostos para as indústrias de carros e de motocicletas. No lado dos veículos com quatro rodas, os números preocupam. As motos, por sua vez, não param de acelerar. Segundo a Abraciclo, associação que representa as montadoras do ramo, a produção no mês subiu 9,3% ante igual período do ano passado, chegando a 113,8 mil unidades. Na comparação com outubro, a alta foi de 4,9%. Nos últimos 11 meses, foram fabricadas 1,12 milhão de unidades, o maior volume desde 2015.

»Depois de rápida negociação, o grupo chileno CMPC comprou, por R$ 946 milhões, a Iguaçu Celulose Papel, segunda maior fornecedora de sacos industriais do Brasil. A transação inclui ativos da empresa brasileira no Paraná e Santa Catarina. No início de novembro, a CMPC havia comprado a companhia carioca Carta Fabril
por R$ 1,14 bilhão.

»A rede varejista Riachuelo inaugurou a sua primeira unidade de rua especializada em produtos para o lar. Chamada Casa Riachuelo, ela fica na região da Oscar Freire, um dos endereços mais caros de São Paulo, e vende de itens de decoração a artigos para pets. Se a iniciativa vingar, será levada para outras cidades brasileiras.

» A inflação está por toda parte. Segundo produtores, os defensivos agrícolas, principalmente herbicidas e inseticidas, subiram até 100% em 2021. Entre outros fatores, o aumento explosivo do preço do frete e o fechamento de fábricas na China por pressões de ambientalistas contribuíram para a escalada de preços.

» A produção de bebidas alcoólicas está em queda. Em outubro, de acordo com dados do IBGE, encolheu 6,5% em relação ao mesmo período de 2020. E mais: foi o quinto mês consecutivo de derrubada. No acumulado do ano, a atividade teve expansão de 1,9%, percentual decepcionante ante da base fraca do ano passado.

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