Leilão da Codesa poderá representar o início da modernização dos portos públicos

Correio Braziliense
postado em 29/03/2022 00:01

Será realizado, amanhã, o leilão da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que administra os portos de Vitória e Barra do Riacho. O certame inicia o processo de desestatização das companhias docas, empresas estatais responsáveis pela administração dos portos públicos do país, e pode representar um marco da modernização do setor. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Codesa investiu apenas 29% dos recursos disponíveis no período de 2010 a 2021 — R$ 822 milhões dos R$ 2,9 bilhões autorizados. Em conjunto, as sete companhias docas federais deixaram de investir no mesmo período R$ 17,5 bilhões. "A modernização das administrações portuárias é parte da Lei dos Portos, que ainda não avançou", diz Wagner Cardoso, gerente-executivo de Infraestrutura da CNI. Depois da desestatização da Codesa, a expectativa é que o governo federal lance editais para a venda de outros portos públicos, como o de Santos (SP), São Sebastião (SP) e Itajaí (SC).

Aquecimento global 1: Planeta pede socorro

Durante muito tempo contestado pelos negacionistas, o aquecimento global já traz efeitos devastadores para o planeta. Neste mês, alguns pontos do Ártico registraram temperatura 30°c acima da média histórica. Na Antártica, a situação é igualmente dramática, com os termômetros pontuando 40°c superiores ao que se esperava para o período. Os recordes negativos se sucedem. Em fevereiro, a camada de gelo no continente atingiu a menor área desde o início da mediação, em 1979.

Aquecimento global 2: empresas e governos precisam agir

Embora muitas autoridades continuem a dar as costas para o problema, o Brasil tem parte ativa no processo de aquecimento do globo. De acordo com a COP26, é o quarto país que mais polui, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. A contrário do que muitos pensam, a maior parte das emissões do país vem da derrubada de florestas e do uso do solo para pecuária e agricultura, e não da queima de combustíveis fósseis. Empresas e governos precisam agir, antes que seja tarde demais.

Casa Verde e Amarela quebra recorde de inadimplência

A dramática queda da renda do brasileiros desde o início da pandemia ameaça o programa de moradia popular Casa Verde e Amarela. Dados da Caixa Econômica Federal, a gestora do programa, mostram um quadro tenebroso: metade dos mutuários da chamada faixa 1 de renda — que abrange famílias com ganhos mensais de até R$ 2 mil — está inadimplente. São 600 mil mutuários com contas em atraso, o maior número da história. Atrasos superiores a três meses podem levar o beneficiário a perder o imóvel.

» A guerra na Ucrânia poderá prolongar a crise dos semicondutores. É isso o que acham 45% dos empresários do setor de aparelhos eletrônicos, conforme pesquisa feita pela Abinee, associação que representa a indústria. Os chips estão em falta desde 2020, quando muitas fábricas interromperam a produção em decorrência da pandemia.

» O aplicativo russo Telegram está longe de ameaçar o WhatsApp como a principal plataforma de troca de mensagens em uso no Brasil, mas seu rápido crescimento surpreende. Em 2019, apenas 13% dos smartphones em operação no país contavam com a plataforma. Agora, são 60%, de acordo com a pesquisa

» Panorama Mobile Time/Opinion Box. Vai ter Disney. Na agência de viagens Decolar, a procura por pacotes e voos para o exterior cresceu 25% em março na comparação com fevereiro. Em relação a janeiro, o aumento foi ainda maior: 53%. A queda expressiva da cotação do dólar desde o início do ano é o principal fator que motiva os brasileiros a procurar roteiros internacionais.

» O atacarejo, formato que une vendas no atacado e no varejo, sempre vai bem nas crises econômicas. Desta vez, não foi diferente. No ano passado, as receitas do setor subiram 10%. O varejo tradicional de alimentos, por exemplo, encolheu 2,4%. A explicação é óbvia: em geral, os atacarejos são mais baratos.

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