"Caixa será o maior banco do agronegócio"

Deborah Hana Cardoso
postado em 26/04/2022 00:01

Durante a abertura da Agrishow, feira de tecnologia voltada ao agronegócio em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que a instituição deverá se tornar o maior banco do país voltado ao setor.

"Há um ano focamos no agronegócio. Nunca na história da Caixa, o banco deu bola para o agronegócio, nunca tinha participado do Plano Safra. Saímos do oitavo e já somos o segundo e, até dezembro de 2024, seremos o maior banco do agronegócio", disse Guimarães. Um dos maiores eventos voltados ao setor no país, o Agrishow vai até 29 de abril e deve receber 150 mil visitantes e movimentar R$ 3 bilhões.

"Antes, a Caixa patrocinava clube de futebol, camarote de carnaval, gastando R$ 30 milhões em cima de agência da Caixa", disse. "Patrocinava carnaval em cima de museu no Marco Zero, no Recife. Patrocinava ou emprestava a algumas grandes empresas que não pagaram à Caixa", criticou.

A afirmação de Guimarães vem na esteira do tamanho do setor no país. Em 2021, o agronegócio representou 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e exportou US$ 120,6 bilhões. Além dos embarques, há ainda toda uma cadeia econômica envolvida, como insumos, maquinários e tecnologia.

O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, sugeriu que sejam liberados ao menos R$ 71,15 bilhões no próximo Plano Safra.

Após a fala de Marchesan, os representantes do governo federal não deram previsões sobre o Plano Safra para 2022. A associação representa em torno de 750 indústrias cadastradas ligadas ao agro que, juntas, acumulam um faturamento de R$ 100 bilhões.

Entre os problemas apontados por Marchesan estão o maquinário obsoleto, déficit de armazenagem de grãos, riscos de um caos logístico e a baixa utilização de tecnologia de irrigação no campo.

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