Rapidinhas

Correio Braziliense
postado em 20/05/2022 00:01

Carreira 1: Funcionários se rebelam contra o fim do home office

Há alguns dias, Ian Goodfellow, diretor da área de machine learning da Apple, cargo estratégico em empresas de tecnologia, pediu demissão por um motivo surpreendente: a empresa exigiu que ele largasse o home office e desse expediente diário no escritório. Nos Estados Unidos, funcionários de grandes companhias estão se rebelando contra a obrigatoriedade da jornada tradicional. Segundo um estudo do instituto ADP Research, dois terços dos profissionais americanos trocariam de emprego se fossem forçados a retornar ao escritório. Na Apple, um grupo chamado Apple Together enviou uma carta, assinada por 1,4 mil funcionários, pedindo aos executivos da empresa que adotem em definitivo o home office. No Google, 14 mil funcionários solicitaram às chefias para trabalhar apenas em casa. A rebelião está se tornando séria, e isso impõe um dilema às grandes companhias. Muitos chefes acham que o trabalho remoto não funciona. Mas, se forem rígidos demais, provavelmente perderão talentos.

Carreira 2: Trabalhar em qualquer lugar é nova tendência

Oferecer aos funcionários a possibilidade de trabalhar em home office pode se tornar uma vantagem competitiva no recrutamento de talentos. No mês passado, o Airbnb anunciou vagas de emprego que permitem ao profissional dar expediente em qualquer lugar. Nos três dias seguintes ao anúncio, a página de carreiras da empresa recebeu cerca de 800 mil interessados nas vagas, um recorde. Twitter e Meta, controladora do Facebook, possuem programas de contratação parecidos.

Carreira 3: Pressão para ficar longe do escritório não funciona nas crises

A pressão dos profissionais para trabalhar em casa funciona em cenários de pleno emprego, nos quais há alta procura pelos melhores talentos. Em situações de crise e de desemprego elevado, o poder de negociação dos funcionários é menor. Nesses casos, ninguém dará à empresa um ultimato com a ameaça do pedido de demissão. No Brasil, país com altos índices de desocupação, a preocupação imediata é conseguir uma vaga e fazer de tudo para se manter empregado.

Carreira 4: No Brasil, maioria quer dar expediente em casa

O home office mudou para sempre o mundo do trabalho, e isso vale também para o mercado brasileiro. Uma pesquisa realizada pela PwC e PageGroup Brasil constatou que 67% dos profissionais em cargos de subordinação preferem o regime integral de home office ao modelo híbrido. Mesmo nas posições de chefia, a preferência se mantém, embora menor — nesse casos, o índice é de 58%. A facilidade com que empresas e trabalhadores se adaptaram à nova realidade durante a pandemia explica números como esses.

Os brasileiros estão reconstruindo pequenas cidades de Portugal — literalmente. Uma nova regra do governo português oferece visto de residência definitiva para quem investir em imóveis residenciais com mais de 30 anos de uso e se comprometer a recuperá-los, mas desde que o bem não esteja localizado em Lisboa, no Porto ou no litoral.

Em um único mês, os brasileiros investiram 48 milhões de euros no programa português de concessão de vistos, o que corresponde a um aumento de 45% em relação a um ano atrás, quando as regras eram diferentes. Atualmente, segundo o governo local, o Brasil está entre os cinco países mais beneficiados pela concessão de vistos.

Um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostra como a crise econômica muda hábitos alimentares. Em 2021, o consumo per capita de carne bovina foi de 32,69 quilos, abaixo dos 37,73 quilos de 2019. Enquanto isso, o consumo anual de frango, item mais barato, saltou de 42,84 quilos, em 2019, para 45,7 quilos, no ano passado.

O comércio eletrônico brasileiro não para de crescer, mesmo após a explosão da modalidade no auge da pandemia. No primeiro trimestre de 2022, o e-commerce faturou R$ 39,6 bilhões, resultado 12,6% superior ao obtido no mesmo período de 2021. Os dados são da empresa de pesquisas Neotrust.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação