Rapidinhas

Ninguém leva a sério proposta de moeda única na América Latina

Economistas de diversas vertentes têm tratado como piada a ideia do ex-presidente Lula, curiosamente compartilhada pelo ministro da economia, Paulo Guedes, de criar uma moeda única na América Latina, à imagem e semelhança do que foi feito na União Europeia. Eles alegam que os países do continente são muito diferentes entre si, com características econômicas particulares e níveis de desenvolvimento divergentes. Seria, portanto, uma tarefa hercúlea reunir tudo isso em um mesma moeda. O economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do Governo Sarney, lembra que o euro foi resultado de um processo de integração econômica da União Europeia que levou quase cinco décadas para ser concluído. Como repetir o mesmo movimento em terras latinas, mas em um período de tempo muito menor? É impossível, diz ele. Mesmo assim, Lula e Guedes continuam a bater na tecla do tal projeto, ignorando por completo os desafios envolvidos.

A reinvenção da Victoria's Secret

A grife californiana de acessórios e roupas íntimas femininas Victoria's Secret esteve perto da falência, mas agora se reergue com novas estratégias. A empresa lançou uma loja na Amazon para vender 120 produtos das linhas Secret Beauty e Pink Beauty, incluindo fragrâncias, loções e esfoliantes corporais. O segmento de beleza tem trazido frutos para a marca, respondendo por 15% do volume de negócios. Dois anos atrás, não chegava a 5%. Lembre-se que a companhia fez fama com desfiles de apelo sexual.

Facebook desiste do serviço de salas de áudio

Quando a Clubhouse surgiu, em 2020, analistas apressados disseram que as redes sociais nunca mais seriam as mesmas. A plataforma, um misto de clube privado, sala de bate-papo e programa de rádio, inspirou serviços parecidos de gigantes como o Facebook, que prometeu investir pesado num projeto que revolucionaria o setor. Pois bem. Nesta semana, a Meta, novo nome do Facebook, anunciou o encerramento da plataforma de salas de áudio Live Audio Rooms. O motivo incontornável: falta de público.

Nubank sofre com alta de juros

Não está fácil a vida para o Nubank. Ontem, a ação da Nu Holding chegou a cair 10,5%, levando o banco para uma avaliação de mercado de US$ 24,5 bilhões, ou 40% abaixo do montante registrado na sua abertura de capital na bolsa de Nova York, em dezembro de 2021. As fintechs vêm sofrendo com a alta de juros, que afeta o crédito, o seu principal ganha pão. O banco também é questionado por decisões polêmicas, como a intenção de oferecer R$ 800 milhões em remuneração aos seus executivos.

As empresas americanas começam a reagir às leis de restrição ao aborto nos Estados Unidos. A Amazon, segunda maior empregadora do país, comunicou aos funcionários que pagará até US$ 4 mil em despesas de viagem para tratamentos que incluem a realização de abortos. Apple e Citigroup tomaram decisões parecidas.

A Marcopolo, fabricante gaúcha de carrocerias, contratou mil funcionários apenas no primeiro trimestre de 2022. Segundo a empresa, as aquisições se devem ao aumento das vendas e à reposição de vagas que foram perdidas durante a pandemia. De janeiro a março, suas receitas somaram R$ 958,6 milhões, alta de 15% diante de igual período de 2021.

Se a indústria em geral patina, as micro e pequenas fabricantes tiveram um primeiro trimestre para comemorar. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador conhecido como Panorama da Pequena Indústria atingiu 45,5 pontos nos três meses iniciais do ano, o melhor resultado desde 2012.

Não há desafio maior para o setor de bares e restaurantes do que enfrentar a inflação. Pelo menos é isso o que diz uma pesquisa realizada pela consultoria Galunion e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB) com 817 empresas. O estudo mostrou que 83% delas apontaram o aumento de custos como o obstáculo mais difícil de ser superado.