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Reserva de ações começa hoje

Um dos principais atrativos na privatização da estatal é a possibilidade de pessoas físicas usarem até 50% do saldo disponível no FGTS para comprar papéis da companhia. Aplicação mínima é de R$ 200

Michelle Portela
postado em 03/06/2022 00:01
 (crédito: Eletrobras/Divulgação)
(crédito: Eletrobras/Divulgação)

O mercado já opera na expectativa da privatização da Eletrobras, que começa nesta sexta-feira, quando tem início o prazo para os interessados fazerem a reserva de ações nas instituições financeiras que participam da operação. Um dos principais atrativos é a possibilidade de as pessoas utilizarem até 50% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para realizar o investimento. A expectativa é que aportes do FGTS somem até R$ 6 bilhões à oferta da Eletrobras, cujo montante total deverá chegar a R$ 30 bilhões nessa primeira rodada.

O canal para a compra de ações da empresa com recursos do FGTS são os fundos mútuos de privatização (FMP), criados nos anos 2000 e usados para que o governo vendesse papéis das estatais Petrobras e Vale. A aplicação mínima é de R$ 200, com carência de 12 meses até o resgate.

Agente operador do FGTS, a Caixa oferece dois FMPs para a compra de ações. O Caixa FMP-FGTS Eletrobras é destinado aos titulares de contas vinculadas do FGTS que desejem aplicar os recursos de forma direta. O modelo, voltado ao investidor com perfil de risco arrojado, pode ser consultado no site do banco e o passo a passo para a aquisição das ações pode ser conferido no aplicativo da instituição. O custo administrativo é de 0,20% ao ano.

A Caixa lançou também o FMP-FGTS Eletrobras Migração, destinado às pessoas que tem recursos nos fundos mútuos de privatização da Petrobras ou da Vale, e que desejem transferir o dinheiro para o fundo da companhia do setor elétrico.

A Caixa não é a única instituição a oferecer FMPs da Eletrobras. No mercado, há pelo menos 24 fundos para a compra de ações da estatal com uso de recursos do FGTS, de acordo com levantamento da consultoria Quantum Finance. Todos cobram taxas administrativas entre 0,20% e 0,45% ao ano. Entre as instituições estão Banco do Brasil, BTG Pactual, Bradesco, Santander, Itaú, Safra, Daycoval, Genial, Guide, XP, BNB e Safra.

É a terceira vez em que é possível investir em ações de estatais ou ex-estatais com o uso do FGTS. A primeira empresa a usar o modelo foi a Petrobras, seguida pela Vale, com resultados animadores. Ao longo de 20 anos, as ações da Petrobras renderam 1.100%, enquanto os papéis da Vale valorizaram 3.900%. Nesse mesmo período, o dinheiro parado no FGTS não rendeu mais que 190%. O FGTS tem um rendimento fixo de apenas 3% anualmente, acrescido de distribuição de resultados e da Taxa Referencial (TR), que está zerada.

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