Bolsa se recupera em maio, mas incertezas permanecem

Depois de um abril tenebroso, quando despencou quase 10%, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, recuperou-se razoavelmente em maio. No mês, o indicador subiu 3,86%, chegando aos 111.351 pontos. A moeda brasileira também encerrou o período no azul, com alta de 6,3% em relação ao dólar. Segundo analistas de mercado, a expectativa de desaceleração da inflação no Brasil e nos Estados Unidos, a diminuição dos lockdowns na China e novos estímulos econômicos no país asiático tiveram influência positiva no índice brasileiro. A recente divulgação dos ótimos resultados dos bancos no primeiro trimestre também ajudaram a impulsionar o Ibovespa. Ainda assim, é prematuro dizer que o movimento terá continuidade, especialmente em um país acostumado a solavancos, como o Brasil. Basta observar as incertezas que pairam sobre a Petrobras, que vive a permanente ameaça de interferência do governo.

Grupo Simpar vai às compras

A Simpar, holding que controla as empresas JSL, Movida e Vamos, realizou duas aquisições em um período de apenas uma semana. Primeiro, a JSL, um dos braços de logística do grupo, comprou a TruckPad, plataforma que reúne caminhoneiros autônomos, por cerca de R$ 10 milhões. Pouco depois, a Automob, companhia de concessionárias de automóveis da Simpar, formalizou a incorporação do Grupo Green, que controla lojas das marcas Citroen, Peugeot e Volkswagen, por R$ 128 milhões.

Mercado financeiro não acredita na privatização da Petrobras

A privatização da Petrobras não vai sair, pelo menos por enquanto. É isso o que diz um relatório produzido pelo banco BTG Pactual e que foi enviado a clientes nesta semana. "Ainda vemos isso como uma tarefa desafiadora do ponto de vista político, e qualquer aposta no curto e médio prazos deve ser vista com muito ceticismo", pondera o texto. Na verdade, boa parte do mercado financeiro considera a ideia apenas um jogo de cena do governo para tirar o foco do aumento do preço dos combustíveis.

Energia solar atrai R$ 26,7 bilhões
de investimentos em uma década

Nos últimos anos, poucos setores atraíram ao país um volume tão expressivo de investimentos quanto o de energia solar. De acordo com a associação Absolar, desde 2012 a chamada energia solar centralizada, cujos projetos são adquiridos em leilões do governo, trouxe R$ 26,7 bilhões em novos aportes e gerou 150 mil empregos. O valor ajudou o Brasil a ultrapassar a marca de 5GW (gigawatts) de potência operacional de energia solar fotovoltaica em usinas de grande porte.