O BRB registrou perdas operacionais de R$ 64,6 milhões somente nos primeiros três meses de 2022, mas não detalha como esses prejuízos foram computados, o que está chamando a atenção do mercado e de representantes do sindicato de funcionários da instituição.
Há indícios de que o rombo foi resultado de operações de Pix fraudulentos realizadas por meio do banco digital que o BRB criou em parceria com o Flamengo. Como o sistema operacional e de controle é falho, golpistas aproveitaram para saquear o caixa da instituição controlada pelo Governo do Distrito Federal.
Pelos golpes, desvendados por meio da Operação Payback, os bandidos programavam transferências bancárias por intermédio do Pix, mas, antes mesmo de checar todos os dados, o BRB já liberava o dinheiro na conta dos beneficiários indicados. Imediatamente, os golpistas cancelavam as operações e transferiam os recursos para outras contas.
Especialistas ouvidos pelo Correio afirmam que o problema ocorreu porque a instituição pública não se preparou, de forma adequada, para lançar o banco digital BRB Nação Fla. Os R$ 64,6 milhões representam 22 vezes mais do que as perdas assumidas pelo BRB com esses golpes.
No entender de funcionários, acionistas minoritários e especialistas, o BRB precisa, urgentemente, prestar contas, com transparência, dessas perdas e mostrar que, realmente, todos os problemas operacionais foram resolvidos. Se não, o BRB Nação Fla continuará um manancial para golpes financeiros.
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