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Correio Braziliense
postado em 11/08/2020 21:58

Justiça

É lamentável que a Câmara dos Deputados não tenha retomado o debate da prisão em segunda instância. Forças negativas, comprometidas com atos criminosos, fazem de tudo para que o assunto não volte à pauta. Bandidos são soltos ou perdoados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A rejeição ao Congresso e ao STF deve-se a ações como essa. Com a roubalheira, o sofrimento da população é imenso. Mas, na hora de punir os responsáveis, não faltam recursos. É injusto. Quem erra deve pagar. “Aqui se faz e aqui se paga”, diz a lei do universo. Quem viver verá.
» Leda Watson,
Lago Sul


Celso Furtado

Em boa hora, e nesta página, Cristovam Buarque (Furtado: além do centenário, 11/2/2020), antenado e brilhante como sempre, lembra o centenário e a contribuição de Celso Furtado como extraordinário pensador e formulador da realidade social e econômica brasileira. De fato, o paraibano de Pombal foi o criador e condutor da Sudene numa fase crucial para os destinos do país nos anos de 1950 e 1960 e, sem dúvida, teria alcançado seus objetivos de superação de nosso crônico subdesenvolvimento. Da mesma forma como outro nordestino, Paulo Freire, seu contemporâneo do mesmo naipe intelectual, autor de revolucionário programa para erradicar o analfabetismo, teria alcançado seus objetivos no campo da educação. Não fosse o golpe militar de l964 que fulminou qualquer iniciativa de grande porte para mudar o Brasil e hoje, de certo, conheceríamos uma realidade bem diferente do caos que no momento enfrentamos.
» Vladimir Carvalho,
Asa Sul

Coerência

Durante a campanha eleitoral, o candidato Jair Bolsonaro esconjurou o Centrão, um bloco de deputados, com maioria devendo explicações à Justiça. Devido ao aumento do número de pedidos de impeachment, o presidente abriu as porteiras para os partidos do Centrão ocuparem cargos à frente de órgãos com orçamentos bilionários. Tornou-se aliado para criar uma base de apoio, pois não contava com respaldo dos integrantes dos partidos que o ajudaram a se eleger. Apesar de se dizer contra a corrupção, o presidente vive atormentado com a situação dos filhos. A pior delas é vivida pelo senador Flávio Bolsonaro, envolvido no escândalo da rachadinha, quando ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro. A cada dia, o cerco se fecha em torno do senador. Agora, para surpresa de muitos, sobretudo dos bobos que acreditaram na falácia eleitoral, o presidente convida seu antecessor, Michel Temer, investigado por corrupção, no escândalo da JBS, para chefiar uma missão humanitária ao Líbano. A coerência do presidente é comovente.
» José Emiliano Borba,
Águas Claras

» São inacreditáveis algumas atitudes divulgadas pela mídia e relacionadas ao cenário político. Pois bem, o ex-presidente Temer estava no seu canto, sem perturbar ninguém e sem ser perturbado, pelo menos por enquanto. Aí, uma inteligência acima do normal vislumbrou indicar a figura do dito cujo para, como representante do Brasil, levar auxílio emergencial ao Líbano. Parece-nos que essa estupenda ideia, em princípio, buscou agraciar sua excelência pela sua origem e por ter ocupado o cargo de presidente. No entanto, foi deixada de lado a situação constrangedora do ex-presidente perante à Justiça, que, inclusive, teve que solicitar autorização, em juízo, para viajar em missão oficial.
Montesquieu T. Alves,
Lago Norte


Covid-19

Popularmente conhecido como o mês do desgosto, agosto de 2020 ficará sempre na memória do Brasil. A história nos lembrará que, nele, atingimos a triste e angustiante marca de 100 mil vidas perdidas para a covid-19. Exigimos respostas urgentes das autoridades públicas para populações mais vulneráveis do país. Elas, até agora, não vieram. A ausência de uma política nacional integrada a estados e municípios para enfrentamento da terrível crise sanitária agrava esse cenário desolador. Por ignorância, negacionismo e crueldade, lideranças políticas vêm, deliberadamente, promovendo boicotes e obstáculos às medidas de combate à epidemia. Quantas pessoas teriam um desfecho diferente no tratamento da covid-19 se, desde o princípio, informações baseadas em evidências científicas fossem compartilhadas pelas autoridades e viralizassem nos celulares de brasileiros e brasileiras? Essa responsabilidade intransferível cai sobre a Presidência da República e sobre gestores públicos que por falta de coordenação e articulação não empregaram políticas emergenciais para controlar essa crise humanitária e reduzir seus impactos evitáveis.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

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