O pior da pandemia já passou no Distrito Federal. A constatação veio de duas fontes diferentes: do governador Ibaneis Rocha (MDB), em entrevista exclusiva ao Correio, ontem, e de um grupo de pesquisadores do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia), da Universidade de Brasília (UnB). Após cinco meses de enfrentamento ao novo coronavírus, é uma brisa de esperança. Porém, o momento exige ainda mais responsabilidade tanto dos gestores públicos, quanto de empresários e da população em geral.
Para os pesquisadores da UnB, a queda na velocidade de transmissão do vírus verificada no boletim mais recente deve-se muito mais à imunidade de grupo, devido ao grande número de brasilienses infectados, do que pelas mudanças de interação social. Isso, segundo os estudiosos, ocorre, agora, às custas de muitas vidas e um número maior ainda de doentes. E que o DF passou pelos picos de infectados, de hospitalizados e de óbitos por semana. De agora em diante, os pesquisadores estimam uma redução paulatina dos casos de covid-19, mas, só se houver manutenção dos níveis de contenção atuais.
Com a maior parte das atividades econômicas liberadas, cabe aos empresários o cumprimento dos protocolos de segurança para evitar a proliferação do vírus a partir dos seus estabelecimentos. Aos cidadãos, o uso de máscaras, evitar aglomerações e higienizar corretamente as mãos.
Já a garantia de tratamento adequado aos doentes, o monitoramento rigoroso da epidemia, a fiscalização e punição de quem infringe normas sanitárias estão nas mãos do Estado. Sem isso, veremos o número de infectados e mortos crescer dia a dia. E mergulharemos ainda mais fundo na crise social, econômica e política.
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