Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 05/10/2020 22:54

Constituição

A Constituição chega aos 32 anos. Promulgada no governo Sarney. Legado histórico, expressivo e significativo que empossou Collor de Mello. Uma curta, mas profícua gestão, de um jovem e idealista brasileiro arrancado do cargo por orquestração de maus brasileiros. Contrários a um Brasil progressista e moderno. A Carta Magna orgulha o Brasil e os brasileiros. Muitos trabalharam com empenho e denodo na elaboração do documento. Porém, nenhum cidadão dedicou-se mais nos afazeres da futura constituição, que o relator-geral da Constituinte, o deputado pelo Amazonas, Bernardo Cabral. O Brasil deve muito a este autêntico patriota.
» Vicente Limongi Netto


Cloroquina

Para esclarecimento da população, após seis meses das advertências do ministro Luís Henrique Mandetta sobre os terríveis efeitos da cloroquina, como arritmia e parada cardíaca, seria conveniente fazer um estudo estatístico de quantas pessoas morreram diretamente por causa de doses terapêuticas de cloroquina/ hidroxicloroquina. E também de quantas pessoas se curaram com esses medicamentos, além dos conhecidos casos do Dr. David Uip e do presidente Bolsonaro. É ilustrativo citar que o grupo WND publicou, em 5/8, análise comparativa de países que adotaram o tratamento precoce com cloroquina e dos que não o adotaram. Os primeiros tiveram 73,9% menos mortes que os que o rejeitaram, seguindo a orientação da OMS. Acrescente-se a isso que a Revista Europeia de Ritmo Cardíaco publicou, em 24/9, trabalho do dr. Alessio Gasperetti, do Centro de Cardiologia de Milão, especialista em arritmia cardíaca, que relatou o acompanhamento de 649 pacientes da covid-19, de 62 anos ou mais, tratados precocemente com hidroxicloroquina. Nenhum paciente morreu e o autor observou que não há conexão entre a hidroxicloroquina e a ocorrência de arritmia cardíaca e que o medicamento é seguro para tratamentos de curta duração, em casa ou no hospital, monitorados por médico. Um estudo estatístico, no Brasil, será importante para atribuir responsabilidades pelas mais de 146 mil mortes, caso esse remédio tenha realmente salvado vidas, quando empregado no momento certo.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul


100 anos depois

1918 foi no Brasil, e especialmente em São Paulo, o ano dos quatro “Gs”: geada, gafanhotos, guerra e gripe. A geada devastou as plantações de café. Uma praga de gafanhotos completou a devastação. A guerra na Europa inaugurou nesse ano a participação brasileira, ainda que modesta. Para fechar a conta das desgraças, recebemos, por cortesia dos navios que chegavam a nossos portos, a visita da gripe espanhola, que corria o mundo. O Rio de Janeiro, em meados de outubro, exibia aspectos desolador. Até as farmácias fechavam, por falta de funcionários sadios. Nos cemitérios escasseavam coveiros, e caixões eram depositados no chão. Em São Paulo, um hóspede carioca do Hotel d’Oeste, no Largo de São Bento, foi diagnosticado com a doença em 9 de outubro. Era o primeiro caso. No dia 16, havia 29; no dia 23,1.144; no dia 4 de novembro, 7.786. São Paulo contava com cerca de 550 mil habitantes; o Rio de janeiro, 1 milhão; e o Brasil, 30 milhões. Nos últimos dias de outubro São Paulo igualava-se ao Rio, no aspecto desolador. Na conta oficial, 116.777 pessoas foram infectadas na cidade e 5.331 morreram. Pergunto, depois de mais de um século, há alguma diferença no trato, entre a gripe espanhola e o novo coronavírus, com as devidas proporções? Com meus respeitos, salvo melhor juízo, a gestão na saúde pública, continua sem uma proposta com eficiência e eficácia. O cidadão pagador de impostos permanece à deriva! P.S. Pesquisa e dados retirados do livro História de São Paulo.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

 

Supremo

A expressão “terrivelmente evangélico” vem sendo dita pelo presidente Jair Bolsonaro como condição para a indicação, por ele, de mais um ministro do Supremo Tribunal Federal. Como definir “terrivelmente evangélico?” O Dicionário da Língua Portuguesa traz as seguintes definições para a palavra “terrivelmente”: De modo terrível; capaz de causar terror; assustadoramente; violento. Evangélico ou não, um cidadão com um desses qualificativos, com certeza vai causar pânico naquela Corte. Por favor, presidente Bolsonaro, observe o art. 101 da Constituição Federal e indique alguém de notável saber jurídico e reputação ilibada. Será bem melhor. E tem mais, dificilmente quem conhece a Bíblia carrega esse adjetivo.
» Jeovah Ferreira,
Taquari

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