Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 15/10/2020 22:22

Chico Rodrigues

Trabalhei no Senado numa época em que ele era povoado por homens cultos que faziam belos discursos. Havia pessoas brilhantes, tanto na direita quanto na esquerda. Agora estou aposentado. Só existe uma coisa pior do que um senador ser pego lavando dinheiro. É ele ser pego... sujando dinheiro. O pobre do lobo-guará ficou sujo. Era de esperar que um senador roubasse com um pouco mais de classe. Com um pouco mais de asseio. O escândalo vai entrar para os “anais” do Senado.
» Petronio Filho,
Brasília

» Nos tempos do meu avô, falava-se do Senado com reverência. A Casa Revisora abrigava nomes como Afonso Arinos, Jarbas Passarinho, Roberto Campos, Tancredo Neves, Artur da Távola, Juscelino Kubitscheck e tantos outros que engrandeciam o parlamento. Ouvir-lhes os discursos nos enchia de orgulho e mantinha acesa a chama da esperança de que o Brasil caminhava para um futuro cada vez melhor — mais igual, mais justo e mais honesto. Com o tempo, a qualidade dos representantes foi caindo. Esta semana despencou. Já tinha visto político com dinheiro em cueca, em meias, em malas, em gaveteiros. Mas, no ânus, é a primeira vez. E olha que pensei já ter visto tudo.
» Marcela Luz,
Lago Sul

» Quando foi descoberto o esquema de Wilson Witzel de se apropriar do dinheiro público, o fluminense ficou decepcionado. A razão: falta de criatividade. O homem repetiu o paradigma de Sérgio Cabral ao depositar o dinheiro da propina na conta da mulher advogada. Bem-humorado, o eleitor que esperava mudanças disse que o ex-juiz merecia castigo em dobro — pelo roubo e pelo plágio. Agora, descoberto o cofre do senador de Roraima Chico Rodrigues, pensei que faltou assessoria a Witzel. Será?
» Marta Chaves,
Asa Sul


Cumprimentos

Parabéns pela Visão do Correio “Professor, herói da pandemia”. Nada mais justo do que reconhecer o enorme esforço dos mestres de pular etapas e aprender às pressas os mistérios da tecnologia para poder dar aulas a distância e, assim, manter os alunos no sistema escolar. Gostei, sobretudo, da sugestão dada ao ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele, que classifica o professor de fracassado, deve buscar outra freguesia. Peça o chapéu.
» Honestina Silva,
Planaltina


Impunidade cresce

A liberação e a consequente fuga do narcotraficante André do Rap chocou a opinião pública, mostrou que a sociedade está órfã e que a Justiça não quer punir os poderosos. André do Rap, já condenado em 2ª Instância a 25 anos de prisão, em duas sentenças, é apenas um dentre outros 80 condenados que o ministro Marco Aurélio soltou em 2020 com base no art. 316 do Código Penal, que exige que a prisão preventiva seja reanalisada a cada 90 dias pelo juízo responsável, ou ela se torna ilegal. Por sorte, outros ministros do STJ e do STF têm decidido de forma diferente a mesma questão. Mas está aí a brecha legal criada com a não aprovação da prisão após condenação em 2ª instância. Criminosos milionários pagam advogados a peso de ouro para saírem da prisão pelos tortuosos caminhos do nosso oneroso Judiciário. Com Fux há esperança de que as coisas melhorem, mas é preciso ter claro que o nome escolhido pelo presidente para o STF, também é tido como “garantista”. É inegável que tivemos um grande retrocesso com relação ao governo Temer, quando imperava a decisão de prender criminosos após a condenação em 2ª instância e não existia este infeliz artigo 316, aprovado pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro em dezembro de 2019.
» Ricardo Pires,
Asa Sul

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