REDES SOCIAIS

Código de conduta do WhatsApp

''Não cairia mal se um código de conduta fosse instaurado, para evitar momentos invasivos''

Adriana Izel
postado em 27/10/2020 06:00 / atualizado em 27/10/2020 10:13
 (crédito: WhatsApp/Reprodução)
(crédito: WhatsApp/Reprodução)

O isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus teve influência direta no maior consumo de aplicativos de troca de mensagens e de vídeos. Estudo recente da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) apontou que o WhatsApp é a rede campeã entre as mais populares durante a quarentena. Ela foi escolhida por 97% dos entrevistados como ferramenta fundamental para as atividades diárias.

Apesar do serviço sempre ter sido bastante usado no Brasil mesmo antes do período, ele cresceu ainda mais com as medidas contra a covid-19, como o home office e o ensino a distância. Hoje, o app é utilizado como forma de comunicação entre chefes e funcionários. Os grupos são o método para que pais e mestres mantenham contato sobre a educação das crianças. Sem falar que o WhatsApp continua sendo importante também na troca de mensagens entre familiares, muitos deles distanciados na pandemia.

A questão é que o crescimento do consumo do aplicativo também fez com que o app, antes visto como “lugar seguro” em relação a outras mídias sociais — já que as pessoas deveriam saber o seu número de telefone e não apenas seu nome e sobrenome —, passasse a ter a cada dia mais inconveniências aos usuários. Não cairia mal se um código de conduta fosse instaurado, para evitar momentos invasivos.

Arrisco-me a sugerir algumas dessas regras. A primeira delas seria sobre conversas iniciadas entre desconhecidos. Não custa nada se apresentar formalmente, isso em texto. Ninguém merece abrir um bate-papo com alguém que você sequer sabe quem é com um áudio. Falando em áudio, é sempre bom avaliar a necessidade de manter o diálogo pelo formato. Há casos em que ajudam no entendimento da conversa, mas em outros em que se mostram completamente desnecessário.

Ansiosa que sou, detesto conversas que têm um objetivo evidente, mas que são “enroladas” com “oi, tudo bem?”, no aguardo da resposta da pergunta. Mais prático é enviar o teor do assunto, para que a pessoa do outro lado agilize na resposta. Também tenho problemas com ligações pelo WhatsApp, perco a maioria. Culpa do aplicativo, que tem dificuldade em alertar aos usuários.

Muitos desses “problemas” constatei na pandemia. E comprovei dia desses ao tratar sobre o tema nas redes sociais. Vários amigos e colegas responderam elencando os tópicos que mais os incomodam. Então, decreto, está mais do que na hora do WhatsApp ter conjunto de normas para que a gente lide melhor e evite as inconveniências. Etiqueta, já!

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