Adoção
Li com muita atenção todos os aspectos abordados sobre tratamento e novas terapias empregadas em pesquisa. Contudo, penso que um detalhe importante é abordar a prevenção. Todo hemofílico sabe que a doença é hereditária! Isto é do conhecimento humano há um século. Por que não se discute como convencê-los a não terem filhos? A adoção também é um ato de amor e poderíamos começar por aí. Não sou contra a indústria farmacêutica que se esmera em evoluir nas pesquisas de medicamentos mais efetivos, mas, sendo realista, talvez ela não tenha interesse em acabar com essa fonte de renda.
» José de Matos Souza,
Lago Sul
Esperança
Experimentar e dar continuidade às viagens bucólicas; viagens longas que nos dão lições de novas revistas às paisagens naturais pelos povoados, cidades e campos. E cada viagem vai construindo novos aprendizados. É como o fazer e refazer no inspirar e transpirar de uma obra de arte... Rever as plantações em multiculturas extensas. As vastidões verdes às criações de gado no Goiás e Bahia. As vistas dos naturais penhascos, montanhas e vales. O cultivo de frutas nativas e plantações sazonais em nosso Piauí. Avistamos — naquelas terras — lindas criações de ovinos, caprinos. Ouvimos e correspondemos às boas prosas; há até nomes diferenciados às mangas especiais: como a carne branca, a cristina e as rosas. E o bucolismo, esse ramo fértil da literatura campestre/pastoril, nos faz meditar quantas riquezas deixadas pelo arcadismo que cultiva aquelas temáticas poéticas, resultando-nos nesse aflorar das divinas sincronia e diacronia. Sim, nesse rico aflorar com seus extensos rosários de ícones flutuantes para se bem cultivar o Locus Amoenus (lugar ameno). E vale muito a pena, mesmo que seja no mais ou menos. Rever meus queridos pais, irmã, irmãos, familiares, o caminhar, tomar banho no mar, sentir os olhares brilhantes nas recepções são, assim, os apogeus das longas viagens. Com Deus, sempre, e esperanças nessas andanças.
» Antônio Carlos Sampaio Machado
Águas Claras,
Constrangimento
Bater e assoprar. É assim que age o presidente Bolsonaro. Foi ao Maranhão e deu um show de homofobia ao beber o Guaraná Jesus, um ícone daquela terra, um patrimônio dos maranhenses. A cena foi tão rídicula e acompanhada de uma declaração que expressa a incapacidade do presidente de conviver e respeitar os diferentes, sobretudo, os que têm orientação sexual e identidade de gênero devido à toxidade que exala. Foi uma demonstração do quão o presidente desconhece a diversidade e as peculiaridades de cada unidade da Federação. Constrangedor.
» Fernando Moreira,
Águas Claras
Sem mordomias
O líder do governo, deputado Ricardo Barros, abriu uma discussão sobre a necessidade de uma nova Constituição para o país. De fato, essa atual Constituição, dita “cidadã”, em que mais uma represália à antiga Constituição, onde se vê uma infinidade de direitos e poucos deveres. Urge que se faça uma nova diretriz para colocar o Brasil nos eixos, mas não uma Constituição feita por legisladores que se locupletarão dela, criando regalias e privilégios que são verdadeiros escárnios contra a população, como aposentadoria após oito anos de mandato, vultosas verbas de gabinete, verba combustível, verba paletó, verba moradia, vôos em jatinhos da FAB, almoço com lagosta, etc, etc. Tem um causídico paulista que sugeriu que fossem escolhidos, ou eleitos, cinco representantes de cada estado da Federação, que se reuniriam em Brasília mensalmente para elaborarem uma nova Constituição para o país. Seriam 115 cidadãos, fora da política, e que estariam inelegíveis por, no mínimo, 10 anos. Talvez aí tivéssemos uma Constituição que não desse tanta mordomia às suas excelências dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
» Paulo Molina Prates,
Asa Norte
Duelo
Um duelo entre a caneta e a seringa. A charge desse sábado é maravilhosa. Faz referência às posições divergentes entre o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o presidente Jair Bolsonaro, sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa contra o novo coronavírus e o Instituto Butantan. O artigo do ex-porta-voz do Planalto, general Rêgo Barros, publicado pelo Correio, sinaliza que sinaliza que a ala pensante das Forças Armadas começa a entender que o capitão está esticando demais a corda. Com sutileza, o general Rêgo Barros mostra que “caiu a ficha”: as promessas de campanha foram armadilha para o clã bolsonaro chegar ao poder. O presidente vem desconstruindo o país. A economia naufraga. O real é a moeda mais desvalorizada. O desemprego chega próximo a 14 milhões de trabalhadores. A equipe econômica não tem respostas para a calamidade, que se espalha como o novo coronavírus. Os investidores correm do país, pois veem que nada é para valer. A narrativa presidencial é retrógrada, inspirada dos anos 1970. Os escandâlos de corrupção, a cada dia, aproximam-se da rampa do Planalto. As políticas sociais são tão eficientes, que o Brasil se coloca como um forte candidato para regressar ao Mapa Mundial da Fome. Mas tudo isso é parte de um processo de desconstrução do país. Não é difícil antever que tudo vai piorar ainda mais.
» Alfredo Gonzaga,
Jardim Botânico
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