Este ano, a covid-19 representou uma séria ameaça à saúde de todos os seres humanos. O governo Taiwanês demonstrou seu real compromisso em trabalhar com o mundo, nesse combate em prol da vida. O sucesso do Modelo de Taiwan na batalha contra a covid-19 conquistou a atenção e o reconhecimento mundiais. Por meio de seu exemplo na gestão desta doença desconhecida, Taiwan conseguiu algum apoio internacional, sem precedentes, incentivando, assim, sua participação na Assembleia Mundial da Saúde (WHA).
As autoridades do alto escalão de Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos declararam, publicamente, seu apoio a Taiwan. Além disso, figuras políticas proeminentes, de 43 países, incluindo mais de 600 membros dos parlamentos nacionais e do Parlamento Europeu, expressaram forte apoio ao povo taiwanês, de inúmeras maneiras. Mais de 60 veículos de comunicação em todo o mundo publicaram mais de 2.100 relatórios, comentários, colunas e cartas ao editor, requerendo a participação de Taiwan na Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com os princípios da própria OMS, ninguém deve ser deixado para trás. No entanto, por considerações políticas, este organismo internacional vem se recusando a convidar Taiwan para participar da WHA, mesmo na qualidade de observador. Não há permissão, inclusive, para a sua participação em reuniões, mecanismos e encontros técnicos relacionados à covid-19. Essa postura não apenas privou 23,5 milhões de taiwaneses de seu direito à saúde, mas se tornou, também, um obstáculo na luta global para derrotar a covid-19.
Depois de confirmar seu primeiro caso de covid-19, em 21 de janeiro deste ano, Taiwan notificou, imediatamente, a OMS, por meio dos canais previstos. Até o momento, aquele organismo internacional ainda não incluiu as informações do Ponto Focal Nacional de Taiwan. A ausência de registro e formalização dos dados reportados à OMS por Taiwan dificultou a transparência de dados sobre casos confirmados de covid-19 no mundo, afetando a população global e impactando na oportunidade e na eficácia da cooperação na prevenção e controle de epidemias.
A declaração da OMS de que “temos especialistas taiwaneses envolvidos em todas as nossas consultas, redes clínicas e redes de laboratórios e todos aqueles para que estejam totalmente engajados e cientes de todos os desenvolvimentos” é factualmente incorreta. A experiência da SARS, em 2003, e da covid-19, hoje, são lembretes a todo o mundo para não ignorar a privação indevida do direito à saúde mundial e do povo de Taiwan.
Apesar de sua exclusão da OMS, Taiwan continua a combater, proativamente, a covid-19. Em 30 de outubro, apenas 554 casos haviam sido confirmados em Taiwan, mostrando que os esforços antipandêmicos tiveram sucesso. A resposta rápida e a preparação avançada oportunizaram a redução dos casos e de mortes. Por isso, Taiwan foi classificado em primeiro lugar, entre 75 países, em três principais índices relativos à saúde pública, atividade econômica e política, pela Bloomberg Economics. O governo de Taiwan forneceu quatro ondas de assistência humanitária antipandêmica internacional.
Salientam-se algumas iniciativas realizadas, com êxito, por Taiwan: criação do Centro de Comando Central de Epidemias; Controle de fronteira; preparação e provisão de suprimentos; medidas para prevenir surtos comunitários; monitoramento do histórico de viagens; análise criteriosa de Big Data; sistema de comercialização e racionamento de máscaras; implementação bem-sucedida de tecnologia digital.
Essas e outras medidas têm contribuído para os esforços globais de prevenção e contenção da covid-19. Por meio do Modelo de Taiwan, além de proteger a saúde de seu povo, esse país tem ajudado seus aliados diplomáticos e nações amigas a enfrentar a pandemia. Ante todo o exposto, o povo taiwanês está empenhado na criação de uma era pós-pandêmica melhor, pois, com as conquistas alcançadas por meio do Modelo de Taiwan, é possível ajudar outros países a combater a pandemia.
Somente o governo democraticamente eleito da República da China (Taiwan) pode representar o povo taiwanês na OMS, protegendo os direitos à saúde de seus 23,5 milhões de habitantes. Dada a importância da participação de Taiwan na OMS para a cooperação internacional em saúde e governança global, o governo taiwanês deve ser totalmente admitido nas reuniões, mecanismos e atividades da OMS.
* Representante do Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil
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