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Correio Braziliense
postado em 03/11/2020 23:08 / atualizado em 03/11/2020 23:11

Fim do mundo
Evangélicos brancos conservadores e fundamentalistas — considerados como “carta na manga” para o êxito eleitoral de Donald Trump — são obcecados pela escatologia, a doutrina baseada no livro bíblico de Apocalipse. Por ironia, na hipótese de reeleição do nefasto Trump, esses eleitores serão os próprios artífices do final dos tempos e da história que eles anunciam. Daqui a dois anos, grande parte dos evangélicos brasileiros também dará nas urnas sua contribuição para o fim do mundo.
Túllio Marco Soares Carvalho, Brasília


Educação
O cenário de pandemia trouxe com intensidade a modalidade de ensino a distância. É certo que muitos alunos do ensino público noturno carecem de transporte de qualidade e segurança para o deslocamento. Adequados o formato e a disponibilização de equipamentos, em conjunto com o ensino presencial, a educação a distância é um grande auxiliar no processo de aprendizagem, atendendo uma parcela significativa da clientela do ensino noturno. Uma possibilidade a se pensar com a volta à normalidade.
Marcos Gomes Figueira, Águas Claras


Razões
Até hoje não ficou claro o motivo de os generais Santos Cruz e Rêgo Barros terem sido demitidos pelo presidente da República. Eram peças-chave e importantes do governo. A mídia tem sugerido que o filho vereador Carlos seria o pivô desses eventos, por discordância pessoal entre ele e os generais ministros. Agora, com uma crítica velada e inteligente, Rêgo Barros lançou artigo no Correio Braziliense (20/10), sob o título Memento mori, com tradução: “lembra-te que não és imortal. Sem citar o nome do ex-chefe, chama à atenção para a maneira como o presidente chefia a nação: desatinos administrativos e atritos com o Judiciário e o Legislativo, com a OMS e com juristas e na área de saúde. O poder teria subido à cabeça. Eu acrescento: será que isso está ocorrendo pelo trauma psicológico em virtude da facada e, assim, não lembra que é mortal? Ou o filho é o verdadeiro presidente? Isso tem demonstrado desde a demissão de Gustavo Bebiano.
José Lineu de Freitas, Asa Sul


Democracia
A história do mundo registra que a democracia surgiu nas cidades-estados da Grécia antiga, no primeiro milênio antes de Cristo. Ela nasceu de rebeliões dos cidadãos gregos que estavam cansados de governos tiranos. Livres da tirania, os cidadãos reuniam-se em assembleias, com o objetivo de planejar as decisões governamentais. Era o “governo do povo”. Com o passar do tempo, chegou-se a conclusão de que a melhor forma de democracia seria a de um governo representativo. O povo escolheria, por meio do voto, os seus representantes. É assim no Brasil. O eleito precisa lembrar que ele não é dono do poder. Às vezes, isso é esquecido. Há casos em que até parentes do escolhido acham que são donos do poder e aprontam o diabo a quatro. Até gritam contra esse presente que os gregos deram ao mundo. Teremos agora em novembro as eleições para prefeito e vereadores. Saibamos valorizar o voto. Chega de conversa fiada. Analise bem o candidato. Tem eleito que em vez de fazer, destrói o que de bom foi feito por gestores anteriores. Obrigado, gregos. Ah, na democracia o cidadão não é obrigado a dizer que o governo vai bem quando tudo vai mal.
Jeovah Ferreira, Taquari


Prioridade
O governo do Distrito Federal parece não saber o que é fundamental, importante para a sociedade do Distrito Federal. A malsinada Câmara Legislativa é omissa ou conivente? Ora, Brasília tem em suas ruas, avenidas, logradouros, milhares de pessoas passando fome e dormindo nas ruas. Nesta semana, foi noticiado que os restaurantes comunitários do governo fechariam por falta de recursos. Como pode o Governo do Distrito Federal, via BRB, aplicar R$ 30 milhões no Flamengo? Assim são os governos do Brasil. Não sabem o que é prioridade, o que é importante ou fundamental. Por que o Ministério Público não toma providências? Aguardo resposta do senhor governador.
Anísio Teodoro, Asa Norte


Constituição
Muito oportuno o debate que o deputado Ricardo Barros vem apresentando. Uma nova Constituição se faz necessária e os números falam por si. A nossa Constituição tem 250 artigos, mais de 100 disposições transitórias e consequentemente cerca de 170 mil palavras. O STF, guardião da Constituição encerrou 2019 com 31.279 processos mesmo tendo julgado mais de 7mil. A Constituição prolixa e “cidadã” também toma tempo do parlamento, que apesar de ter promulgado mais de 100 emendas, conta com 995 em tramitação na Câmara dos Deputados e 367 no Senado Federal. Desde a promulgação da República, o Brasil teve seis constituições. O constituinte de 1988 estabeleceu uma revisão constitucional para cinco anos após a sua promulgação. Infelizmente, apesar do intenso trabalho do relator revisor, o então deputado Nelson Jobim, apenas seis emendas, sem grande importância, foram promulgadas. A revisão foi encerrada precipitadamente, em 1994 para que o Fundo Social de Emergência (FSE), que em 2000 foi rebatizado de Desvinculação de Receitas da União (DRU), pudesse vigorar imediatamente. Sepultá-se ali, a possibilidade de rever nosso futuro.
Guilherme Cunha Costa, Sudoeste

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