Visto, lido e ouvido

Desde 1960 Circe Cunha (interina) // circecunha.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
postado em 11/11/2020 22:19 / atualizado em 11/11/2020 22:21

Todo apoio à indústria nacional

É em momentos excepcionais, como esse de pandemia, que atravessamos agora, que deveríamos prestar mais atenção e dedicar todos os esforços possíveis para valorizar a indústria nacional, o que, por tabela, ajudaria sobremaneira os trabalhadores brasileiros, principalmente nessa hora em que incontáveis empreendimentos estão fechando suas portas e deixando uma legião de pais de família sem perspectiva alguma.

Não é segredo para ninguém que todo o apoio que damos à indústria nacional é revertido diretamente na geração de incontáveis postos de trabalho, gerando riquezas que ficam retidas no país e que ajudam a revitalizar uma cadeia imensa de outras pequenas empresas, produzindo um ciclo imenso de progresso brasileiro.

Surpreende o fato de as Forças Armadas, que, no atual governo, passaram a ganhar um protagonismo que não tinham desde os anos 1960, não induzirem o chefe do Executivo a adotar um conjunto de políticas visando, basicamente, apoiar a produção da nossa indústria, numa espécie revival de nacionalismo econômico, substituindo grande parte dos produtos importados por similares produzidos aqui.

Há muito se sabe, também ,que a qualidade de muitos produtos nacionais são infinitamente superiores aos importados, como são os casos de calçados, têxteis, cerâmicas e materiais de construção, mobiliários e muitos outros, inclusive aqueles de setores ligados à fabricação de peças, de motores elétricos, além, é claro, da variada indústria de alta tecnologia.

A valorização do que é nosso parece ser, não apenas nesse momento de angústia, a solução para uma saída da atual crise. Nessa altura dos acontecimentos, deu para perceber que o agronegócio, pelos imensos danos ambientais causados, pela concentração de renda excessiva e até pela incapacidade de manter os preços dos alimentos básicos num patamar razoável aos brasileiros, não é o modelo que necessitamos no atual estágio de esgotamento dos recursos naturais do planeta.

Esse é, sabidamente, um segmento que não produz alimento, mas, sim, lucros para uma cadeia restrita do setor e gera um passivo ambiental impossível de ser contabilizado. Somente o poderoso lobby dessa área torna possível sua manutenção e expansão.

O reconhecimento da China como economia de mercado, feito pelos governos petistas, provocou um verdadeiro tsunami sobre a indústria nacional, que não teve meios de competir com um país onde a maior parte de seu parque industrial é amplamente irrigada com recursos e benefícios do Estado.

Na prática, a indústria nacional, outrora poderosa, não teve chances de concorrer com o Estado chinês, que hoje é a segunda economia do planeta. A quebradeira que já vinha acontecendo desde os primeiros anos desse século intensificou-se com a pandemia, também made in China.

É preciso o estabelecimento urgente de uma ampla campanha cívica em favor da valorização da indústria nacional, estimulando a população a consumir produtos made in Brazil, apoiando e estimulando o que é nosso, em nome de nossa própria redenção como nação. Isso é exatamente o que tem feito outros países, sobretudo, o chinês, que entope o mundo com seus produtos de comprovada baixa qualidade, feitos por mão de obra barata, sem direitos trabalhistas, visando apenas o lucro de uma pequena casta encastelada no topo do Partido Comunista daquele país.

Temos tudo para reativar a indústria nacional, universidades, centros de pesquisas, mão de obra jovem e dinâmica, instituições de apoio e uma infinidade de outras vantagens locais, como abundância de matérias-primas, faltando-nos apenas o apoio certo e na medida certa para darmos início ao soerguimento de nossa economia.

 

A frase que foi pronunciada:

“Proibir um grande povo, porém, de fazer tudo o que pode com cada parte de sua produção ou de empregar seu capital e indústria do modo que julgar mais vantajoso para si mesmo é uma violação manifesta dos mais sagrados direitos da humanidade.”
Adam Smith, filósofo e economista escocês (1723 – 1790)


Revalida
Decisão do TRF1 concordou com a Advocacia-Geral na provocação sobre a obrigatoriedade da apresentação do diploma de medicina para a inscrição no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superiores Estrangeiras. Muita coisa vai mudar.


Arte Social
Que beleza as paradas de ônibus em algumas regiões administrativas. Pintadas por artistas da região, dão um toque humano no eterno esperar.


Consome dor
Leitor do Lago Norte envia longa missiva protestando contra o horário de funcionamento de algumas agências ou postos de atendimento da Caixa. Às 13h, no Deck Norte, estava fechado para atendimento.


Dúvida atroz
Pergunta de outro leitor: vacina usada politicamente vai curar os infectados com a covid?

 

História de Brasília

A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso e foco de agitação. É que, em muitos casos, há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação e não quer mais trabalhar.(Publicado em 16/12/1961)

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação