Manobra
Não vou questionar os jornalistas sobre os critérios que utilizam para definir o que é manchete ou o que deixa de ser mais relevante. Mas não caio na arapuca dos faniquitos do presidente da República. Notei que todos os disparates e cenas de aparente desequilíbrio emocional estão ligados aos fatos que implicam os filhos dele em falcatruas e esquemas de corrupção. Para quem passou uma campanha inteira falando que não daria trégua aos desvios, não deve ser fácil ver seus filhos atolados na lama. Recentemente, afirmou que a Lava-Jato perdeu sentido, pois, em seu governo, não teve nenhum escândalo. Porém, não tem como se descolar dos filhotes que estão em papos de aranha, com o Ministério Público revelando uma teia que os emaranha cada vez mais. Se não há corruptos no governo, ao que tudo indica, conforme o noticiário, eles estariam dentro da casa do presidente. Nem a primeira-dama escapa das apurações. Uma polpuda fatia de doações, destinada ao combate do novo coronavírus, foi direcionada para o programa Pátria Voluntária, dirigido pela primeira-dama, que distribuiu o dinheiros entre organizações não governamentais. Também não explicou o porquê de a mulher do Fabrício Queiroz, envolvida nas rachadinhas, ter depositado R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro. Para mim, todos os surtos do presidente são cortinas de fumaça, uma estratégia diversionista. Nada além disso.
Euzébio Queiroz, Octogonal
Dinheiro
Amapaenses, sigam e vigiem o dinheiro. Acabo de ler no jornal que o governo federal liberou R$ 21,5 milhões para este estado, em virtude do problema surgido que vem afetando horrivelmente toda a população. Vai que esta verba tome outro rumo, pare na conta ou na cueca de alguém? Lembrem-se: no dia 15, não reelejam políticos acusados de corrupção nem votem nos parentes deles.
Josuelina Carneiro, Asa Sul
Qualidade
O Dia Mundial da Qualidade é comemorado, desde 1960, na segunda quinta-feira de novembro. Dezenas de países realizam eventos durante este mês para enfatizar e promover a importância da qualidade para a produtividade e a competitividade das organizações e nações e para o bem-estar da sociedade, de modo geral. Para este ano de 2020, a Academia Brasileira de Qualidade (ABQ) organizou, hoje (12/11), o debate Brasil Desafios 2021, de forma virtual — em razão da pandemia —, que buscará discutir, justamente, ações e iniciativas que a sociedade poderia priorizar para enfrentar e superar os desafios trazidos pela covid 19. O debate é aberto aos interessados e terá início às 10h. O evento on-line contará com economistas, cientistas sociais e educadores renomados, que participarão como expositores e debatedores, buscando discutir e analisar propostas e iniciativas que possam ajudar o país a se recuperar e sair da crise. Os interessados devem se inscrever peloo site: http://abqualdide.org.br.
Ricardo Pires, Asa Sul
Birra
O presidente Jair Bolsonaro quer bajular Donald Trump até o fim. Em Washington, o republicano se recusa a admitir que foi derrotado por Joe Biden. Em Brasília, seu imitador se finge de morto para não cumprimentar o presidente eleito. A birra de Bolsonaro expõe o país a mais um vexame diplomático. Ao ignorar a vitória de Biden, o Brasil aprofunda seu isolamento no mundo. Outras nações governadas pela ultradireita, como Hungria e Polônia, já reconheceram a derrocada de Trump. Por aqui, todos os ex-presidentes vivos deram os parabéns ao democrata: Sarney, Collor, FH, Lula, Dilma e Temer. A galeria reúne políticos de esquerda, de direita e de centro. Só o extremista Bolsonaro, atual inquilino do Planalto, insiste na tática do avestruz. Um chanceler com juízo teria evitado o novo desastre diplomático. Mas o Itamaraty permanece nas mãos de Ernesto Araújo, que vê comunistas embaixo da cama e enxerga em Trump o salvador do Ocidente. O capitão insiste em pôr paixões ideológicas acima do interesse nacional. Bolsonaro já havia hostilizado a China, provocado os países árabes e boicotado líderes eleitos na Argentina e na Bolívia. Agora, comete outro erro grave para não melindrar seu ídolo americano. Aqui, a tendência deve ser de as pessoas cansarem do Bolsonaro, cujo único propósito é atacar e destruir, sem criar nada. Um candidato de centro, com capacidade de confrontar Bolsonaro e chamar os eleitores para uma reconciliação nacional pode derrotá-lo. Uma candidatura com visão mais social do país, visando a redução da desigualdade, terá chance de vitória.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras
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