Hora de governar
O Brasil vem passando por momentos delicados neste 2020 com a chegada da covid-19. São centenas de milhares de famílias que sofrem com as perdas dos seus entes queridos contaminados pelo coronavírus. A pandemia continua e, com ela, as dificuldades como o desemprego, a alta da inflação, as queimadas que vêm destruindo a nossa fauna e a flora, além de muitos outros problemas de ordem social aguardando ações do governo para serem solucionados. Presidente Bolsonaro, o senhor foi eleito para governar e administrar o Brasil por quatro anos e para todos os brasileiros, independentemente da sua religião, raça, credo, etnia e até mesmo para aqueles que são contrários às suas preferências políticas partidárias. Saiba que faltam mais de dois anos para o fim do seu mandato e está passando da hora de o senhor trabalhar mais e esquecer a reeleição e as picuinhas, melhorar o seu vocabulário, deixando de lado as palavras chulas e as publicações nas redes sociais. Saiba que essas atitudes só têm ridicularizado o nosso país mundialmente e isso não é bom para um Brasil que pretende alcançar com sucesso a globalização. Como bem disse Antônio Ermírio de Moraes: “Há uma nítida diferença entre o estadista e o político. O primeiro é alguém que pertence à nação. O segundo, alguém que pensa que a nação lhe pertence.”
» Evanildo Sales Santos,
Gama
Pandemia
Sinto-me honrado e estimulado. Enfrentando a dolorosa pandemia com pensamentos e exortações semelhantes aos do Nobel de Literatura, Mário Vargas Llosa. Considerado o maior escritor vivo da America Latina, Llosa afirmou para a revista Veja desta semana que “o mundo sairá melhor”. Frisou que “a pandemia vai nos tornar menos arrogantes”. Nessa linha, peço licença para recordar o que escrevi, em junho, nas redes sociais, antevendo melhores dias: a arrogância, o egoismo e a intolerância perderão o sentido. Hábitos serão filtrados. Espíritos serenos pacificados. Haverá mais respeito às pessoas. O ser humano, na hora de se reinventar, terá que lutar para expulsar de dentro de si os sintomas do medo, do egoísmo, do pânico e do pessimismo. Precisará encher os pulmões de esperanças. Corações afoitos seguramente ficarão mais próximos da paz e do amor ao próximo. Salientei, concluindo: a solidariedade, tão presente e marcante na atual quadra do vírus, permanecerá com lugar cativo nos corações.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Anvisa
A Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Univisa) criticou a indicação feita pelo governo federal do militar da reserva do Exército Jorge Luiz Kormann para uma diretoria da Anvisa. A indicação foi feita pelo presidente Bolsonaro e precisa ser aprovada pelo Senado. Segundo a Associação, a formação acadêmica de Kormann seria incompatível com as exigências do cargo de diretor da agência. Ele é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mestrado em ciências militares e teria pós-graduação em administração de empresas e estudos de política e estratégia de gestão. A diretora que ele deverá substituir, se tiver a indicação aprovada, é a farmacêutica Alessandra Bastos Soares. A diretoria para a qual Kormann foi indicado é responsável pela avaliação de “medicamentos e alimentos”. Dessa forma, entende-se que a indicação realizada não atende às especificações da Lei nº 9.986/2000. O Senado Federal, mais uma vez, terá a responsabilidade de sabatinar o indicado. A sociedade espera que os senadores se atente à importância desse cargo, mais ainda, diante da gravidade que a pandemia da covid-19 assola o país, com mais de 160 mil mortes. Será que o Senado continuará com a pecha de Casa Legislativa meramente carimbadora?
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Jogo de cena
O general Mourão não está de birra com o presidente Bolsonaro. No fundo, a discórdia faz parte de um mal-ajambrado plano para tirar o pai do senador das rachadinhas de uma enrascada. Jair demorou muito para reconhecer a vitória de Joe Biden nas eleições americanas e, quando abriu a boca sobre o tema, destilou ódio e demonstrou frustração, enquanto o mundo se regozijava com a queda de Donald Trump e aplaudia a proeza do democrata. Percebida a bobagem (coisa rara no governo), a trupe militar se arvora em encontrar uma saída que pareça menos danosa para as futuras relações com o presidente do segundo maior parceiro comercial do Brasil. E é aí que entra o bombeiro Mourão fingindo divergir do presidente em questões de política externa ao reconhecer o que o mundo dava como favas contadas na terra do Tio Sam. Tudo jogo de cena. Mourão sabe que não pode brigar com Jair. Seria desafio grande demais contra as tropas de generais aventureiros que tomaram o Planalto de assalto.
» Euzébio Queiroz,
Octogonal
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