Mentiras
Teremos Natal? Não se sabe. Mas, estamos vivendo um 1º de abril antecipado. O Dia da Mentira virou a realidade nossa de cada dia. Severino Francisco, que tem entrevistado Ruy Barbosa e o Padre Vieira, sabe de que estou falando. O que está destruindo o país? Mentira na terra, no ar, até no céu, onde, segundo o Padre Vieira, o próprio Sol mentia ao Maranhão, e diríeis que, hoje, mente ao Brasil inteiro. Qual a consequência? Uma impregnação tal das consciências pela mentira, que se acaba por se não discernir a mentira da verdade, que os contaminados acabam por mentir a si mesmos, e os indenes, ao cabo, não sabem se estão, ou não mentindo. Mente o jornalista Alexandre. Mente o vice Mourão, em inglês! Mentem o governante do país e seus asseclas. Mentem para cobrir o Sol com a peneira e negar as evidências. Mentem quanto ao número de mortos. Mentem sobre a pandemia, chamando-a de gripezinha. Mentem tanto que se desmentem em seguida. O mentiroso precisa ter excelente memória para não contradizer suas próprias mentiras. Criança inventa com seu imaginário. Governantes conjugam tanto o verbo mentir, que se perdem em meio às suas mentiras.
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Revolta da vacina
No sábado, ouvi o programa, veiculado pela Rádio Nacional de Brasília, em reprise, porque ele foi ao ar em 2016. Falo do programa Na Trilha da História que, à época, entrevistou uma cientista da FioCruz, apresentação de Isabela Azevedo. Essa cientista detalha fatos escabrosos da situação do Rio de Janeiro, entre 1902 e 1906, em que graçava doenças letais: varíola, febre amarela, peste bubônica (transmitida por ratos) e malária! Foi, então, decretada a vacinação obrigatória. Houve um levante popular, no Rio de Janeiro, contra essa obrigatoriedade. Hoje, nos defrontamos com um inimigo invisível e que se espalha pelo ar. Sou completamente a favor da obrigatoriedade da vacinação, por quem possa recebê-la, sob pena de imposição de sanções legais. Os três Poderes da União devem unir-se para impor essa obrigação. Do contrário, poderá ser o nosso fim, talvez de toda a humanidade!
» Eliane Maria de Castro Rocha,
Asa Norte
» A precipitação em relaxar o isolamento social levou o Brasil à terceira posição de país com o maior número de infectados e mortos. A primeira onda da pandemia do novo coronavírus nem passou e estamos na segunda ou na terceira. A cada dia cresce o número de infectados e mortos. Ao mesmo tempo, os cientistas estão prestes a concluir todos os testes para liberar várias vacinas e conter a maldita praga que esparramou luto sobre todos os continentes. Para ser diferente, o governo brasileiro insiste em flexibilizar a vacinação em massa. Quem não quiser, pode recusar a vacina. Essa recusa deveria estar fora de cogitação. Não tem que ter essa de querer ou não querer. Todos têm de ser imunizados, pois trata-se de saúde pública, de vidas que estão sob risco de morte. Ou será que mais de 170 mil óbitos ainda é pouco? Considerando a fidelidade do atual governo ao trumpismo, talvez seja. Diante desse comportamento, acho que o governo pensa que esse número é irrisório, pois somos mais de 210 milhões de brasileiros. Então, se morreremmais umas centenas de milhares não haverá a menor importância. Será mesmo?
Fernando Moreira,
Águas Claras
Isolamento
O isolamento provocado pela pandemia causa transtornos e problemas dos mais diversos. Mas, as eleições municipais, de certa forma, proporcionaram uma oportunidade de sair de casa, de comparecer para votar, com todos os cuidados em relação às aglomerações. O mais importante, no entanto, é a participação, é o voto nos candidatos que precisarão ser cobrados durante os mandatos. A democracia é fundamental para o nosso desenvolvimento.
» Uriel Villas Boas,
Santos (SP)
Congresso
Que diabos de Congresso Nacional é este? Mais de 200 parlamentares envolvidos até o pescoço na Lava-Jato. Deputado com tornozeleira eletrônica trabalhando e recebendo normalmente. Uma deputada acusada de matar o marido usando dispositivo eletrônico. Um senador ladrão, flagrado com dinheiro na cueca. E, agora, como não bastasse, um senador do Tocantins suspeito de um possível estupro de uma modelo. Qual moral tem todos, sem exceção, os deputados e senadores para dizerem que o Congresso é uma instituição de gente séria e que o povo a aplaude? Não. Os congressistas têm o dever de cassarem seus pares que roubam, matam, estupram ou cometem qualquer tipo de ilícito.
» José Monte Aragão,
Sobradinho
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