Sr. Redator

Socialismo

A coluna Visto, Lido e Ouvido, de 20/11, comenta que a população jovem em todo o mundo vem se inclinando para o socialismo. Ressalvo que isso é observado em todo o mundo, exceto nos países ex-socialistas, aqueles que provaram as delícias desse regime. Nas democracias capitalistas, a maciça doutrinação que recebem de militantes de esquerda disfarçados de professores, cuja grande maioria nunca esteve num país socialista e ensina o que não vivenciou, lava o cérebro dos jovens com conceitos de que o socialismo significa igualdade e justiça social, benefícios para todos, fim da fome e da pobreza, liberdade de pensamento e de escolha, imprensa que só divulga a verdade. Essas bandeiras encantam os jovens e eles imaginam um regime em que todos, sem distinção de classe, terão possibilidade de possuir as bondades do capitalismo sem seus defeitos. Duas perguntas deveriam ser feitas para abrir a mente desses jovens. Primeira pergunta: por que, desde 1960, cubanos fogem para os Estados Unidos, mas americanos não fogem para Cuba? Segunda pergunta: quando caiu o Muro de Berlim, para que lado correram as pessoas? A diferença entre socialismo e democracia capitalista não é ensinada para esses inocentes, que não sabem de nada: socialismo é de onde as pessoas querem fugir e o governo as impede, democracia capitalista é para onde as pessoas querem ir e o governo tem de controlar a entrada. Isso diz tudo.
» Roberto Doglia Azambuja,
SQS


Veículo

O excelente encarte VRUM (5/11) deste prestigiado Correio Braziliense trouxe uma informação imprecisa, ao listar os cinco SUVs compactos à venda no Brasil, que teriam os maiores porta-malas. É que foi omitido o JAC T40, com 450 litros, o que o torna o segundo maior do Brasil. Sei disso porque esse foi o diferencial para que eu adquirisse o T40.
» Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires


Eleições

O ano de 2020 está chegando ao seu término e marcado por eleições municipais em meio a uma das maiores crises sanitárias do século, bem como crises política e econômica desde a redemocratização brasileira, no início dos anos 1980. As eleições municipais brasileiras desempenham um papel importante para o sistema representativo. Elas são as disputas de meio-termo que começam a organizar partidos e candidatos para as eleições regionais e nacionais que acontecem dois anos depois. Como o Congresso Nacional, as assembleias legislativas, os governos estaduais e a Presidência da República são disputadas concomitantemente, a única eleição anterior para organizar as forças políticas. Essa foi a disputa para prefeitos e vereadores dos 5.600 municípios brasileiros em 2020. O nível de democratização pode ser medido empiricamente a partir do comportamento dos atores políticos nas eleições. De um lado, a elite política apresenta suas candidaturas, organizadas em partidos, que buscam o maior volume possível de votos. De outro, os eleitores, que tomam decisões distintas. A primeira é se deve ou não participar. A segunda é em que partido ou candidato votar. Com isso, chega-se aos dois fatores que devemos considerar fundamentais para avaliarmos a democratização vigente no país: a participação dos eleitores e a competição partidária. A partir dessas variáveis, o eleitor é possível identificar a distribuição de poder em uma democracia. Quanto maior a participação eleitoral, mais forte é a democracia. Portanto, em 29 de novembro exerça a sua cidadania, use a sua arma: o voto!
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Coronavírus

Estamos, ou não, na segunda onda da epidemia do coronavírus? Há tantas controvérsias que não se sabe mais quem diz a verdade neste país. A situação é, a cada dia, mais tensa para todos. As autoridades de saúde não se pronunciam. Daí vem o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, provavelmente, além da economia, deve ter formação na área da saúde, dar declarações do tipo que as oscilações numa crise sanitária são normais. Fala como se fosse um analista no campo da saúde. De fato, falta um ministro da Saúde no país. Não dá para aguentar tanta besteira de uma autoridade. Ora não há nada de normal na nossa realidade. O Brasil está de pernas para o ar. Um desgoverno generalizado.Uma economia falida. Uma saúde de péssima qualidade. Há dois anos, estamos assistindo o desmonte do país. A desconstrução de tudo que era bom para tornar o mais ou menos muito ruim. A cada dia, a classe trabalhadora tem prejuízos, perdas de conquistas. A inflação estourando os orçamentos domésticos. Mas vem o Posto Ipiranga falar de saúde, sem que tenha combustível para isso. Esses discursos vazios, sem qualquer respaldo na ciência e na medicina é que têm impedido de haver uma queda real no número de mortes. Graças aos que têm bom senso, o número de sobreviventes é cinco vezes maior do que o de mortos. Mas se fôssemos adotar a regra dos desatinados deste governo, haveria uma inversão: mais mortos do que sobreviventes.
» Euzébio Queiroz,
Octogonal