Vicente Pires
Síndicos não aguentam tanto roubo. Ladrão rouba enfeites de Natal.Vários condomínios de Vicente Pires estão tendo prejuízos com os sumiços de enfeites natalinos. De acordo com a síndica, Benedita Eneide, do Residencial Jardim das Acácias B, na Rua 4, somente na última semana de novembro o gatuno conseguiu subir pelo muro e pelo portão para roubar a árvore, o Papai Noel e os cordões de pisca-piscas coloridos. As câmeras do condomínio registram que essas ocorrências acontecem entre às três e quatro horas da madrugada, disse a síndica. Em 23 de novembro, foram efetuados vários furtos em condomínios diferentes, entre os quais os da Chácara 29 da mesma Rua 4. É preciso que as autoridades policiais tomem enérgicas providências, pois outros furtos continuam acontecendo, prejudicando, causando prejuízos e apavorando a comunidade.
» Marelson Bueno,
Vicente Pires
Ambiguidade
Enquanto pairar a nuvem cinzenta da ditadura e a caneta do capitão tiver tinta, os homens públicos inseguros e tíbios se venderão sem pudor. Bruno Covas e Eduardo Paes já procuraram dóceis o presidente. São atitudes ambíguas como essas que nos tiram qualquer esperança de um país sério.
» Renato Vivacqua,
Asa Norte
Pires na mão
A Convenção da Filadélfia, que elaborou a Constituição dos EUA (1787), foi denominada de “pacto federativo” pelo cientista político americano William H. Riker (1920-1993). Unidades até então soberanas decidiram criar a federação que as uniria. As 13 colônias conquistaram a independência nos campos de batalha (1775-1783), mas gozavam de grande autonomia. No Brasil, a independência veio de ato do príncipe, não de guerra. O Império era um Estado unitário. Nossa federação inspirou-se no modelo americano, mas sua motivação era dividir o todo em estados para manter o território. Desde então, firmou-se a cultura de dependência do poder central, o inverso do americano. Nos anos pós-guerra, nasceu o processo de transferência de receitas tributárias da União para estados e municípios, intensificado no regime militar, na Constituição de 1988 e em emendas constitucionais. Até 1968, as transferências eram 12% do imposto de renda e do IPI. Hoje, são 49% do Imposto de Renda e 59% do IPI. A descentralização e o fim do “pires na mão” foram a justificativa para elevar as transferências. No entanto, depois de os percentuais de partilha mais do que quadruplicarem, sobre uma base tributária que quase dobrou, a maioria dos estados e municípios está quebrada. Quatorze estados despendem em gastos correntes 95% ou mais do que arrecadam. Existe a impressão de excessiva centralização de recursos nas mãos da União. Não é verdade. Nossa Federação é uma das mais descentralizadas do mundo. Não importa o que se arrecada, mas com quanto cada ente fica na repartição do bolo tributário Atualmente, 93% dos gastos primários da União são obrigatórios, o que inviabiliza a elevação das transferências de tributos. Dessa forma, a grande maioria das prefeituras está quebrada, consequentemente, os novos prefeitos eleitos, logo estarão em Brasília pedindo socorro à União.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Surpresas
Imaginem, meus caros irmãos brasileiros, acordarmos e depararmos com esta notícia na imprensa escrita e falada: “Joe Biden realmente não venceu as eleições nos Estados Unidos da América, houve fraude e Trump é o vencedor”. Com certeza, ficaríamos surpresos, e mais surpresos, ainda, se a notícia trouxesse a afirmação de que foi a inteligência brasileira a descobridora da fraude. A gente pode ter surpresa. Analise bem estas palavras: “Eu tenho minhas fontes de informações, não adianta falar para vocês, não vão divulgar. Mas, realmente, teve muita fraude lá, isso ninguém discute”. Tudo isso foi dito por alguém que não deve mentir. Vamos esperar. Poderemos ficar bem na fita. Êta, nóis!
» Jeovah Ferreira,
Taquari
Racismo
O mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Kassio Marques, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o crime de injuria não é imprescritível, como é o caso do racismo. Ele dá a entender que injúria racial não é racismo. Aparentemente, o ministro é descendente de negros, considerando a cor da sua pele. Mas, talvez, não tenha sido, ao logo da sua vida, vítima de agressões verbais, que causam danos aos que são ofendidos pela cor da pele. Quem gostaria de ser comparado a um primata? Ou ser depreciado por não ser branco? Essas ofensas são muito comuns entre os racistas, quando não acusam os negros imundos e outros termos de calão. Acredito que o novo ministro será de grande valia para o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que, embora seja retinto e acredite que a escravidão fez bem aos negros sequestrados, submetidos, sob tortura, à condição de escravos no país, avalia o movimento negro como “escória maldita”, formada por “vagabundos”. Os negros brasileiros, conscientes da sua ancestralidade, esperam que a compreensão do novo ministro seja isolada dentro da Alta Corte, e as agressões verbais e físicas infringidas aos afro-brasileiros sejam punidas com rigor, evitando que sejamos linchados dentro de supermercados.
» Guadalupe Gonzaga,
Park Way
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