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Correio Braziliense
postado em 04/12/2020 23:07

Hora de vacinar

A covid-19 voltou forte na Europa, nos Estados Unidos e em outros países do Norte, com a aproximação do inverno. Em um único dia, 25/11, a doença matou 2.894 pessoas e deixou mais de 100 mil hospitalizadas nos EUA, dois tristes recordes. O coordenador do combate à doença no país prevê que, até fevereiro, podem morrer mais 150 mil pessoas. Esse triste resultado é fruto do negacionismo de Trump, que menosprezou a doença, não defendeu uso de máscaras e distância social e não preparou o país para a segunda onda. Agora, ele está desesperado atrás das vacinas, pois vai deixar o poder no meio da maior crise de saúde pública dos EUA. Trump perdeu a eleição, deixará um rastro macabro de mais de 400 mil mortes pela doença e perdeu, também, a corrida pelas vacinas, que já serão usadas na próxima semana pela Inglaterra. E como fica o Brasil, segundo país com mais mortes pela covid no mundo? Como fica o governo diante das vacinas? Vai continuar discriminando vacinas, ou vai aprender com os erros de Trump? Não há mais tempo a perder com birras ideológicas. O presidente que negou a doença não quis coordenar o combate ao vírus, criticou o uso de máscaras e o distanciamento, e chamou de maricas quem teme a covid, agora vai agir com seriedade e garantir vacina a todos os brasileiros? As mais próximas e acessíveis são a CoronaVac e a AstraZenica, que são vacinas tradicionais, estão aqui e devem custar entre 2 e 3 dólares cada dose, enquanto a da Pfiser, que a Inglaterra vai aplicar, é a base de RNA mensageiro, e custa 20 dólares a dose. Um país pobre, atrasado tecnologicamente e com uma população de 211 milhões de pessoas, não pode mais vacilar e ignorar a realidade.
» Ricardo Pires,
Asa Sul

» Brasil volta a crescer e a covid-19, também. A opção “fecha tudo” não voltou, entretanto, à baila, o que é surpreendente. Mas, afinal, será que Bolsonaro tinha razão quando relutava em ir além do isolamento social e pretendia que os negócios se mantivessem a pleno? Ninguém fala em fechar shopping e as escolas adotarão ano que vem, no máximo, um sistema híbrido. Sejamos, caros amigos da imprensa, justos, na resposta pública a essa questão.
» Roberto Maciel,
Pituba (BA)


Indignação

Eu queria acordar, amanhã, sabendo que, ao levantar-me, teria de me preparar para dirigir-me à minha zona eleitoral com objetivo de cumprir com o meu dever de votar. Em 2018, eu fui com um entusiasmo desmedido digitar o número dos candidatos que eu apostava que, caso fossem eleitos, trabalhariam em prol do Brasil. Após as eleições, vieram os resultados. Comemorei, não perdi o meu voto. Gritei: eu soube escolher. Ledo engano, mais uma vez cai no conto do vigário. O meu voto não serviu para ajudar o Brasil. Os candidatos em quem eu depositei tanta esperança tinham apenas discursos bonitos. Muitas promessas. Lágrimas de crocodilo. Eles foram eleitos para defender os interesses deles. O povo, coitado do povo. É inacreditável ver que, desde 1º de janeiro de 2019, dia em que começou o mandato dos escolhidos, o assunto principal são as eleições de 2022. Pouca vergonha. Desse jeito não há país que vá para frente. Eu queria que todos nós, eleitores, no próximo pleito, não caíssemos na basteira de reeleger quem prometeu mudanças, mas acabou com o que de bom havia, deixando espaço para prosperar tudo o que não presta. Eu queria que amanhã fosse outubro de 2022. Eu queria que todos os eleitores que foram enganados fossem votar com o coração cheio de indignação, por terem sido passados para trás. Eu queria que fosse amanhã o dia do “bota fora” desses populistas que prometeram que seriam diferentes de todos os políticos que, no poder, pensaram somente neles e jogaram migalhas para o povo
» Jeovah Ferreira,
Taquari


STF e Congresso

O parágrafo 4º do artigo 57, da Constituição Federal é claro: “Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.” Parlamentares e, sem dúvida, milhões de brasileiros, sobretudo, os mais letrados, não têm dúvida de que não cabe reeleição dos atuais presidentes da Câmara e do Senado. O que leva alguns ministros do Supremo Tribunal Federal a se insurgirem contra a Carta Magna — nem quero dar asas à imaginação! Por que não haver eleição entre deputados e senadores para a escolha de novos presidentes das duas Casas do Legislativo? As mudanças são benéficas e fazem parte da democracia. Mas, o STF, diante de tantos desmandos, principalmente no atual governo, ficou mal-acostumado por exercer o duplo papel de julgador e de legislador. Mas tudo na vida, como a própria vida, tem um limite. O mandamento constitucional é claro. Interpretar o óbvio coloca no ar um odor nada agradável.
» José Emiliano Borba,
Águas Claras

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