Passados os momentos mais urgentes da pandemia, depois que forem restabelecidas algumas normalidades, inclusive as da razão, por certo, haverá espaços de sobra para que sejam encaixadas todas as pedras soltas, ou melhor, todas as ampolas usadas e, finalmente, possam ser esclarecidos todos os pontos envolvendo o negócio bilionário e açodado das compras e vendas das vacinas.
Vivêssemos nos tempos da civilização Mesopotâmica, quando vigorava a Lei de Talião, inscrita no Código de Hamurabi (1770 a.C), talhado em rocha de diorito com 2,25 metros de altura, que decretava penas duríssimas para infrações de toda a natureza, por certo, o responsável que comanda o país com mão de ferro, o mundo todo sabe qual é — mais precisamente a burocracia —, seria diretamente responsabilizado pelo alastramento da covid-19, pagando, conforme era dito: ”Olho por olho, dente por dente”.
Dessa forma, surpreende que seja esse mesmo governo ditatorial a lucrar, não só com a venda de equipamentos médicos de toda espécie, como, agora, de insumos para as vacinas salvadoras da peste. Primeiro quebram-nos as pernas, depois, vendem-nos a muletas a preços de ouro. O dinheiro tem comprado até consciências.
Nessa confusão mundial, em que a pandemia e a morte de mais de 1,5 milhão de habitantes no planeta misturaram vidas humanas com os lucros exorbitantes nas vendas e aquisições de medicamentos e vacinas, questão que certamente envolve outros laboratórios internacionais, é preciso muita cautela nesse momento. Sobretudo, em relação à qualidade e à eficiência desses remédios e seus efeitos colaterais de longo prazo.
Passado o momento de pânico generalizado, será necessário uma séria investigação, não só interna, mas em âmbito mundial, para apurar esse verdadeiro “negócio da China”, que foi criado com a pandemia e que rendeu lucros vergonhosos para alguns laboratórios mudo afora. O certo e o justo dentro da Lei de Talião seria obrigar o Partido Comunista chinês a fornecer gratuitamente todo o material necessário para deter a pandemia. O mesmo deveria ser feito com os diversos laboratórios envolvidos nesse caso.
Trata-se, aqui de questão humanitária e que aflige todo o planeta. Assim sendo, não é possível, sob nenhuma hipótese, que lucros exorbitantes sejam obtidos com negociações envolvendo a salvação de vidas humanas, apanhadas de surpresa por uma pandemia que muitos ainda desconfiam ter sua origem em descuidos de procedimentos em um dos vários laboratórios secretos da ditadura chinesa.
As cortes internacionais, bem como as Cortes no Brasil, fazem cara de paisagem para um assunto sério como esse. Talvez reste ao parlamento, quando esse acordar de seu sono egocêntrico, instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) para esclarecer o que existe detrás desse que, à primeira vista, parece uma tentativa de genocídio, conforme detalhado no Estatuto de Roma de 1998, que definiu em seu art. 7º como crimes contra a humanidade aqueles cometidos num quadro de ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque. Ou seja, crimes desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou mental.
A frase que foi pronunciada
“Alguns estrangeiros com a barriga cheia e, nada melhor para fazer, apontam o dedo para nós. Primeiro, a China não exporta revolução; segundo, não exporta fome e pobreza; e terceiro, não bagunça com você. Então, o que mais há para dizer? ”
Xi Jinping, presidente da China
Circuito 2
» Começam, hoje, os jogos com atletas cadeirantes de tênis em Brasília. O evento será na Associação Médica de Brasília com entrada franca.
Ligue 100
» Segundo a Polícia Civil do DF, 576 pessoas idosas foram vítimas de violência em 2020. Até agora, 13 agressores estão presos. Mais de 520 denúncias foram apuradas nos locais indicados pelos telefonemas feitos ao disque-denúncia.
Oportunidade
» A ministra Damares, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), conseguiu R$ 2 milhões a serem aplicados em capacitação de pessoas com deficiência. A ação foi anunciada pelo governo federal.
Fraterno
» O chefe da missão Permanente da Liga dos Estados Árabes, embaixador Qaís M Shqair reuniu os poucos funcionários da embaixada numa grande mesa, onde todos compartilharam o alimento e as histórias de vida.
História de Brasília
Os diretores da DASP que resolveram suas divergências através de sopapos e murros foram os senhores Valdir Lopes e Lúcio Leite. Não se sabe até agora, qual foi a punição para ambos.
(Publicado em 19/1/1962)
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