Idiotização ideológica
Nada mais novo do que o dia seguinte. Com base nesse aforismo, que pode ser, também, aplicado para a confecção de leis, mesmo as mais hodiernas, fica evidente que a dinâmica da vida humana e dos acontecimentos podem, por sua força, mostrar a necessidade de rever algumas decisões legais, dentre elas, a que foi recentemente sepultada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), denominada “escola sem partido”.
Trata-se, aqui, de uma decisão, em última instância, que, por seus efeitos deletérios a longo prazo, poderão induzir, justamente os efeitos contrários, que os doutos juízes procuraram, em seus pareceres, justificar. Observado pelo lado da medicina, é possível que o movimento ESP, surgido da triste constatação do fracasso do ensino público, tenha sido vítima de catalepsia, ou de morte aparente e, com isso, foi enterrado ainda vivo.
A inconstitucionalidade da proposta, que o Supremo foi levado a declarar, e que com todas as vênias, deve ser respeitado, parece não possuir, dentro dos infinitos caminhos da tábua de leis, uma solução capaz de levar a educação, no Brasil, ao seu ponto de equilíbrio e harmonia. Esse ponto, diga-se de passagem, só pode ser atingido com a opção do caminho do meio.
Ao atender aos reclamos unilaterais das esquerdas, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 5.537) apresentada pelo notório Partido Democrático Trabalhista e pela moribunda Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, o que se decidiu foi a livre continuidade do proselitismo ideológico dessa vertente, mesmo contrariando os fatos pedagógicos que mostram que, por esse caminho, nossas escolas têm formado, até aqui, apenas militantes e não cidadãos aptos a encontrar um lugar ao sol, robôs correligionários e não seres humanos dotados de real humanismo.
Os acontecimentos em Caxias do Sul (RS), onde a professora Monique Emer, de uma Escola Municipal local, declarou abertamente que ensina seus alunos e seus próprios filhos que indivíduos da direita devem ser mortos, ou por covid-19 ou à bala, parece levar os brasileiros de volta à tumba da ESP, para exumação, não do corpo, mas das ideias iniciais que lá ainda estão e que merecem ser revisitadas em face do acontecimento que demonstra que, para as esquerdas, o caminho foi aplainado.
Uma simples comparação do que ocorre em nossas escolas em contraposição a escolas na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos, pode dar o tom do que estamos querendo dizer. Os vídeos que mostram a retórica da referida professora, que estão em destaque na internet falam por si. “Todos os alunos que passam por minha mão, vão ser muito mais faca na bota”, afirma a militante, travestida de educadora. Para ela, que a dita Confederação dos Trabalhadores em Educação e o próprio PDT não têm nada a declarar.
Ao agir, comandando seus alunos para botar fogo em ônibus, quebrar mercados e bancos, saquear as lojas, esse exemplo de educadora, acobertada pelos seus pares insanos, exerce o “magistério” da mesma forma que os jihadistas agem ao doutrinar crianças para que se tornem terroristas ou pequenas bombas ambulantes.
A educação de verdade passa longe desse tipo de discurso e só pode apontar o caminho da vida e da concórdia. E isso só pode ser feito sem idiotização ideológica, seja ela qual for.
A frase que foi pronunciada
“O que a escultura é para um bloco de mármore, a educação é para a alma humana”
Joseph Addison, poeta e ensaísta inglês do século 18
Atentos
» Caesb, CEB, Detran, funcionam nos diversos NaHora do DF. Agendar pela internet é fundamental para o atendimento.
Enfim
» É longa a lista de reclamações sobre a infraestrutura do Parque da Cidade. Enfim, o GDF contratou a empresa que reformará banheiros, quadras de esporte, piscina, chuveiros externos entre outras obras. O revestimento das paredes projetadas por Oscar Niemeyer será apenas trocado, como garantiu a subsecretária de Projetos, Orçamento e Planejamento do GDF, Ery Brandi.
Agenda positiva
» O Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia, organizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a Fundação Bernard van Leer, que valoriza os profissionais que não se abateram pela pandemia e que criaram estratégias para manter o apoio às famílias com crianças na primeira infância, premiou duas vencedoras que fazem contato com famílias inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense, que tem por objetivo apoiar e fortalecer vínculos e estímulos às crianças que vivem em áreas de maior vulnerabilidade. As vencedoras foram Domingas Pereira Rabelo, de 28 anos, e Edna Firmino da Silva Marcena, de 40 anos.
História de Brasília
Agora que a Novacap se prepara para um plano de defesa do produtor, dando-lhes lugar para vender seus produtos, há a reação, e os exploradores se fazem de vítimas. (Publicado em 20/01/1962)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.