Arcebispo
Parabéns a dom Paulo Cezar Costa, novo arcebispo de Brasília, pela excelente entrevista concedida ao Correio Braziliense. Dom Paulo abordou com profundidade a missão da Igreja e o trabalho evangelizador que pretende realizar como pastor maior do Distrito Federal. Demonstrou excelente formação e manifestou claramente quais os objetivos que buscará alcançar à frente da Arquidiocese. Mostrou também grande habilidade política ao saltar as cascas de banana que lhe foram jogadas. Muito sucesso a dom Paulo.
Joares Antonio Caovilla, Asa Norte
Cloroquina
Um prezado leitor interroga, ingenuamente, por que não usar a cloroquina — tão baratinha — e ficar pelejando pela vacina, tão cara e distante. Ora, é baratinha e inútil, mais do que comprovado. A vacina é cara porque é de difícil obtenção e exige normas rígidas para ser aplicada. A pessoa pode até ajudar o governo a desovar os milhares de comprimidos inúteis, mas sabendo que não funciona. Enquanto isso, quem tem juízo espera a vacina, fervorosamente.
Francisca dos Santos, Asa Norte
Vacina
O artigo escrito por um agrônomo (13/12), o obituário da mesma edição e a extremamente pertinente carta de um médico (12/12), publicados no Correio, nos fazem refletir seriamente. A apologia à ciência é louvável, mas, ao mesmo tempo, temerária. Os propalados avanços tecnológicos servem a causas nobres, mas, também, fabricam armas, produtos químicos danosos, medicamentos iatrogênicos e alimentos perigosos, além de estimular um modo de vida degenerado e cada vez mais afastado da natureza. A ciência tem dee estar acompanhada da ética. A medicina, particularmente, tem se afastado gradualmente dos seus preceitos basilares, da época de Hipócrates, rendendo-se aos interesses políticos, econômicos e de poder. As respostas que o médico busca, ele sabe, e ninguém vai respondê-lo. Nem precisa, são evidentes. O propalado avanço na busca alucinada da vacina e da cura da covid pode tornar-se um problema maior ainda que a doença que visa combater. Não há consenso entre médicos e cientistas. E a pandemia, que se torna pandemônio a cada dia, ainda escassamente explicada e eivada de suspeições, além de um país ter quase prontas pesquisas, normalmente demoradas, e, pior, equipamentos e insumos para suprir imediatamente o mundo inteiro.
Humberto Pellizzaro, Asa Norte
Solidariedade
O coronavírus nos ensina, enfim, que devemos deixar de repetir o mantra neoliberal de um mercado que se autorregula, de pensar que saúde, educação e pesquisa são investimentos que devem dar lucro comercial, desistir dos mitos do empreendedorismo e do empresário em si. Parar para pensar nas terríveis consequências da precarização laboral e nas absurdas desigualdades sociais que esse sistema produz. O que a covid-19 deixou em evidência é que a saúde, como a educação, não pode ser pensada em termos neoliberais de investimento e capital, que a saúde não é um bem de mercado que deve ser adquirido na medicina privada, deixando a saúde pública para aqueles que não podem pagar. A pandemia mostra que estamos todos expostos, pobres e ricos, velhos e jovens, aqueles que podem e aqueles que não podem pagar um plano de saúde. Enfim, ela nos ensina que, nosso planeta é uma grande aldeia de infortúnios. Nesse momento, precisaríamos de uma política anticíclica, totalmente heterodoxa, com um rendimento universal, com investimentos maciços na área da saúde, com uma reconversão da nossa indústria para a produção de equipamentos e insumos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, em um país de dimensão continental que convive com imensas desigualdades, é preciso pensar em estratégias de inclusão e solidariedade social de maneira urgente.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras
Educação
Interessante o artigo Idiotização Ideológica (13/12, pág. 15), que comenta a decisão do Supremo Tribunal Federal com relação ao assunto Escola sem partido, em atendimento aos reclamos unilaterais da esquerda. Pelo que se depreende é a decisão do livre arbítrio dos educadores, que, conforme está no artigo, “por seus efeitos deletérios a longo prazo, poderão induzir, justamente, os efeitos contrários que os doutos juízes procuraram em seus pareceres. O que se decidiu foi a livre continuidade do proselitismo ideológico dessa vertente, mesmo contrariando os fatos pedagógicos que mostram que, por esse caminho, nossas escolas têm formado, até aqui, apenas militantes e não cidadãos aptos a encontrar um lugar ao sol, robôs correligionários, e não seres dotados de real humanismo”. Faz uma comparação do que ocorre nas escolas da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, em contraposição as nossas escolas e comenta o exemplo de uma militante travestida de professora que, “ao agir, comandando seus alunos para botar fogo em ônibus, quebrar mercados e bancos, saquear as lojas, esse exemplo de educadora, acobertada por seus pares insanos, exerce o magistério da mesma forma que os jihadistas agem ao doutrinar as crianças para que se tornem terroristas ou pequenas bombas ambulantes”. E conclui: “A educação de verdade passa longe desse tipo de discurso e só pode apontar o caminho da vida e da concórdia. E isso só pode ser feito sem idiotização ideológica, seja ela qual for”.
Vilmar Oliva de Salles, Taguatinga
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