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Correio Braziliense
postado em 16/12/2020 21:25

Sonhos
O jornalista Alexandre Garcia continua viajando na maionese. Vacinar, para ele, é “vender sonhos”. Cientistas do mundo inteiro estão trabalhando incansavelmente em busca da melhor vacina, que ele chama de “sonho”. Ao mesmo tempo, como bom negacionista, louva os resultados marcantes nos tratamentos preventivos e precoces — tipo cloroquina e remédio contra verminose. Isso, sim, é brincar com a saúde e a esperança dos brasileiros. Sério? Como diria Machado, melhor cair das nuvens do que do cavalo, né?
Thelma Oliveira, Asa Norte


Pandemia
E, assim, está passando mais um ano... Como essa pandemia nos tem deixado em cuidados constantes. Como temos agido com toda cautela no dia a dia. E vemos que essa questão da vacina vai entrando numa desoladora queda-de-braço entre a esfera federal e alguns estados, como é o caso de São Paulo. O jeitinho brasileiro floresceu e marcou presença com a realização das eleições municipais de novembro, e o saldo negativo — nesta pandemia — é um grande terror pelos rincões Brasil afora. As vítimas vão crescendo numa progressão geométrica, e a comunidade científica e os profissionais da saúde seguem no contratempo para provar a qualidade dessa ou daquela vacina. E vai até quando esse debate desgastante entre o que é melhor para a saúde versus o que seja mais conveniente à política partidária? Roguemos à Santíssima Trindade para que nos ilumine, em 2021, de paz, esperança, saúde e gratidão pelas boas lições, na vida cristã, para que continuemos a compreendê-las na trilha do bem aprender na reta final de 2020.
Antônio Carlos Sampaio Machado, Águas Claras


Inversão
Parte da mídia parece ser do contra — não vi nenhuma outra manifestação institucional. Mas faz sentido a proposta de Bolsonaro de ser assinado, pelo “tomador”, um termo de responsabilidade para vacinar-se. Disse um repórter na TV que, no contrato com os laboratórios fabricantes, uma cláusula os exime de responsabilidade por reações adversas. Se obrigatória e reações a médio prazo vierem a ocorrer, então o governo, que é contra a obrigatoriedade, torna-se o responsável, podendo ser acionado civil e criminalmente. A imprensa pode contribuir trabalhando para a inversão dos termos da proposta do Executivo, diminuindo a burocracia: quem não quiser tomar a vacina, assine um termo e assuma a responsabilidade. Simplifica a questão (serão em número muito menor) e protege o Estado que está pressionado. Lembrem-se da talidomida, cujas penosas consequências só foram observadas nove meses depois.
Roberto Maciel Pituba (BA)


Autocracismo
O Brasil já passou por muitas crises sob diferentes regimes e governos. A sociedade testemunhou momentos críticos para nossa democracia, economia e, consequentemente, nosso bem-estar como nação. No entanto, estamos assistindo estarrecidos ao resultado do negacionismo e da irresponsabilidade do governo atual. No qual, pasmem, o presidente Jair Bolsonaro enfatizou que não tomará a vacina para o combate à covid-19. São muitos exemplos de políticas equivocadas e descaso com a verdade, o que coloca em risco a saúde da população. Assusta-nos como a ciência, a saúde, o meio ambiente e a educação estão sendo tratados de forma autocrática. Em quaisquer destas áreas de grande importância para a sociedade brasileira vemos inúmeras tragédias anunciadas ou em curso. O Ministério do Meio Ambiente atual está tomando atitudes ou ignorando problemas que estão levando à destruição sem precedentes da natureza do Brasil, e, pior, sendo plenamente endossado pelo presidente. O meio ambiente agoniza! Para o governo federal, que sobrevive de falsas notícias, trata-se de uma conspiração internacional, mesmo contra toda a evidência científica. O que falar da educação? Que projetos temos para esta pasta, cujos critérios utilizados para a escolha de seus dirigentes estão longe de ser técnicos? Situação, igual temos na área da saúde! Não se faz uma grande nação sem ciência e educação. Não conseguiremos construir uma sociedade mais justa, inclusiva e rica para todos se nossa ciência e nossa educação forem sufocadas e estagnadas. Definitivamente, é urgente priorizar a produção e a apropriação do conhecimento por nossa sociedade, a ciência e a educação são os instrumentos cruciais para que as futuras gerações possam construir uma nação verdadeiramente soberana.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras


Papo furado
Há pouco tempo o esnobe repórter Luiz Datena apareceu iracundo no vídeo ameaçando não entrevistar mais o presidente, depois que um figurão do governo insinuou que Band quer é grana” para babujar o governo. Fez uma defesa comovente sobre a lisura do dono da emissora. Tudo papo furado: pouco tempo depois, estava entrevistando cordialmente o capitão. Eu me lembro muito bem que, certa vez, ele manifestou, no ar, eterna gratidão por Lula por ter sido o primeiro a lhe telefonar quando fez delicada cirurgia. Nunca mais tocou no nome do petista (por quem não nutro nenhuma empatia). Chama-se isso falta de humanismo, que deve ser inerente ao ser humano com um pingo de gratidão. A vaidade esmaga qualquer ato de compaixão.
Renato Vivacqua, Asa Norte

 

 

 

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